O Ibovespa colheu nessa quinta-feira (31), a terceira perda consecutiva, abaixo dos 130 mil pontos, tendo permanecido no negativo em nove das últimas 11 sessões, desde o último dia 17.
A cautela para o anúncio de cortes de gastos prometidos pela equipe econômica e a proximidade da eleição presidencial norte-americana, no dia 5, na mesma semana em que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) e o Comitê de Política Monetária (Copom) voltam a deliberar sobre juros, tem mantido os investidores na defensiva - comportamento que se reflete também no câmbio e na curva de juros doméstica, que seguem em alta.
Dessa forma, com dólar mais uma vez perto de R$ 5,80 na máxima do dia e a R$ 5,7811 ( 0,31%) no fechamento, o Ibovespa cedeu 0,71%, aos 129.713,33 pontos, bem mais próximo à mínima (129.641,78) do que da máxima (130.797,86) da sessão, em que saiu de abertura aos 130.638,94 pontos.
O giro financeiro subiu nesta quinta-feira, a R$ 20,9 bilhões. Na semana, o Ibovespa passou nesta quinta-feira ao negativo (-0,14%), encerrando o mês de outubro acumulando perda de 1,60% no intervalo, após retração de 3,08% ao longo de setembro. No ano, cede agora 3,33%.
Devolução parcial
Assim, o Ibovespa se mantém em devolução parcial da alta de 6,54% em agosto, quando renovou máxima histórica no dia 28, no fechamento e no intradia, então na casa de 137 mil pontos. O desempenho negativo do bimestre setembro-outubro se contrapõe à série de avanços entre junho e agosto.
Na máxima vista em 28 de agosto, o Ibovespa acumulava ganho de apenas 2,35% no ano, tendo em vista o patamar elevado de comparação, após ter fechado 2023 aos 134 mil pontos, com renovação de máxima histórica na penúltima sessão daquele ano.
Em dólar, o Ibovespa chegou ao fim de outubro a 22.437,48 pontos, mês em que a moeda americana acumulou alta de 6,13%. Em 30 de setembro, o dólar à vista havia fechado em alta de 0,21%, a R$ 5,4474, mas teve retração de 3,33% ao longo do mês.