Por Marcello Sigwalt
Segunda menor da série histórica da PNAD Contínua do IBGE (iniciada em 2012) - só perdendo para a de dezembro de 2013, de 6,3% - a taxa de desocupação no país caiu para 6,4% no trimestre de julho a setembro deste ano, um recuo de 0,5 ponto percentual (p.p) ante o trimestre imediatamente anterior (de abril a junho), que atingiu 6,9%. No comparativo trimestral anual (mesmo período do 2023), a queda é ainda mais acentuada, chegando a 1,3 p.p., de 7,7%.
Em consequência, o número de pessoas sem trabalho e procurando ocupação desceu para 7 milhões, o menor contingente, desde o trimestre concluído em janeiro de 2015, mediante retrações expressivas em dois comparativos: -7,2% no trimestre (menos 541 mil pessoas buscando trabalho), e -15,8%, ante o mesmo trimestre móvel de 2023 (menos 1,3 milhão de pessoas).
Na avaliação da coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, "a trajetória de queda da desocupação resultada da contínua expansão dos contingentes de trabalhadores que estão sendo demandados por diversas atividades econômicas".
Se a população desocupada 'encolhe', de um lado, a ocupada aumenta, de outro, alcançando 103 milhões de pessoas, novo recorde da PNAD Contínua, com alta de 1,2% no trimestre ( 1,2 milhão de trabalhadores). No comparativo anual, a elevação é de 3,2%, o equivalente a mais 3,2 milhões de pessoas ocupadas.
Por setores econômicos, as maiores contribuições para a ampliação do contingente ocupado foram da indústria e do comércio, com altas, de 3,2% e de 1,5%, respectivamente.
Juntos, esses dois grupamentos absorveram 709 mil trabalhadores, na comparação trimestral (416 mil da Indústria e 291 mil do Comércio).