Uma montanha colossal de R$ 3 trilhões. É o que os brasileiros pagaram de impostos este ano, até aqui, indica o Impostômetro - que leva em conta o total de impostos, taxas e contribuições pagos pelos contribuintes brasileiros aos governos federal, estadual e municipal desde o início do ano, incluindo multas, juros e correção monetária - segundo divulgou, na última sexta-feira (1º), o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT).
O resultado representa, na parcial de 2024, uma alta de 20% em comparação com o ano passado, tendo sido atingida com 54 dias de antecedência, no mesmo comparativo. Em 2023, o montante apurado havia chegado a R$ 2,5 trilhões.
Na avaliação do presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), João Eloi Olenike, reflete a política do governo federal, que adotou várias medidas para recolhimento de mais impostos, tendo em vista 'fazer frente' à alta dos gastos públicos, como reintegração das alíquotas de PIS e Cofins dos combustíveis, elevação da CSLL sobre o lucro líquido dos bancos, além de revisão de incentivos fiscais de diversos setores e recomposição da alíquota do IPI em diversos itens.
Já o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Roberto Mateus Ordine, assinala que "para nós, já era esperado atingir os 3 trilhões antecipados, batendo mais um recorde, 54 dias antes do que ocorreu no ano passado. Isso nos traz, de um lado, alegria pelo volume representado, mas, por outro, tristeza, pois essa arrecadação deveria beneficiar a população, o que, infelizmente, não está acontecendo".
Implantado em 2005, o Impostômetro é um instrumento da ACSP visando conscientizar os brasileiros sobre a alta carga tributária e cobrar por serviços de qualidade.