Por Marcello Sigwalt
Quinta alta consecutiva, o boletim Focus - consulta semanal do Banco Central (BC) às 100 maiores instituições financeiras do país - voltou a projetar nova alta do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) para este ano, que subiu de 4,55% para 4,59%, patamar que se distancia, ainda mais, do teto da meta de inflação do ano, de 4,5%, fixado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Na mesma 'toada' altista, a expectativa do mercado para a inflação no próximo ano avançou de 4,00% para 4,03%, de 3,60% para 3,61%, para 2026, mas permaneceu, como há 70 semanas, em 3,50% para 2027.
Igualmente 'módica' foi a elevação da estimativa do Focus para a economia tupiniquim, que cresceu de 3,08% para 3,10%, enquanto que para 2025 e 2026, a previsão continuou em 1,93%, 2% e, novamente, 2%, respectivamente.
Denotando 'cautela' a 'banca' manteve nos mesmos 11,75% ao ano anteriores, como há cinco semanas, mas subiu de 11,25% ao ano para 11,50% ao ano, para 2025, assim como para 2026, que foi de 9,50% para 9,75%, e para 2027, de 9,0% para 9,25%.
Referência para a saúde (ou não) das contas públicas, o resultado primário para este ano ficou estável no déficit anterior (-0,60% do PIB), na visão do boletim, pela nona semana seguida. Também 'imexível' em -0,70% do PIB ficou o indicador para o ano que vem, repetido em -0,50% do PIB para 2026, além de continuar em -0,30% do PIB para 2027, pela sexta semana seguida.
O boletim manteve em 63,50% do PIB a previsão para a dívida pública este ano, mas reduziu, de 66,68% para 66,66% do PIB, para 2025. Para 2026, esta continuou em 69,22% do PIB, mas aumentou, de 71,40% para 71,50% do PIB em relação a 2027.
