Os juros futuros fecharam em baixa, com destaque para a ponta longa, mais sensível ao noticiário fiscal e ao ambiente externo, após exibirem alta durante a manhã desta terça-feira (5).
No Brasil, a antecipação de reuniões em Brasília para a discussão do pacote fiscal foi determinante para a melhora, ao sinalizar o senso de urgência na definição, e consequente do anúncio, das medidas de corte de gastos que os agentes tanto vêm cobrando do governo. O avanço dos rendimentos dos Treasuries perdeu força após um leilão de T-Notes com demanda acima da média.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 fechou em 12,81%, de 12,89% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2027 encerrou a 12,94% (de 13,03% ontem). A taxa do DI para janeiro de 2029 caiu de 13,04% para 12,93% (mínima).
A expectativa pelo pacote fiscal e a eleição americana ditaram a dinâmica dos mercados durante toda a sessão, deixando em segundo plano por ora a decisão do Copom amanhã. Inicialmente, o mercado optou pela cautela enquanto aguardava a nova reunião de ministros para selar o destino da agenda de revisão de despesas, que ocorreria às 16h.
Do encontro, participaram Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Carlos Lupi (Previdência), Wellington Dias (Desenvolvimento Social), Simone Tebet (Planejamento), Esther Dweck (Gestão), além de representantes do INSS, Dataprev e Serpro.
Porém, a informação no começo da tarde de que a reunião foi antecipada em duas horas abriu espaço para a curva devolver o estresse, com as taxas rodando abaixo de 13%.