Por Marcello Sigwalt
A reboque do crescimento de 1,1% da produção industrial brasileira em setembro, ante o mês anterior, sete dos 15 locais investigados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) registraram avanço, com destaque para o Espírito Santo (2,4%), Goiás (2,4%), Santa Catarina (2,3%) e Rio Grande do Sul (1,9%).
Já no comparativo anual, a indústria exibiu alta de 3,4%, em que as elevações foram mais representativas, alcançando 14 dos 18 locais pesquisados. Melhor ainda, no acumulado em 12 meses, com crescimento de 2,6%, 17 dos 18 locais analisados tiveram desempenho positivo.
O analista da PIM Regional, Bernardo Almeida acentua que "esse crescimento reflete um movimento compensatório em relação ao mês de julho, quando ocorreu uma queda mais significativa de 1,3%. Junto ao mês de agosto, quando houve uma variação positiva de 0,2%, há um acumulado de 1,4%, o que elimina a perda observada anteriormente. Este resultado também se explica pela melhora no mercado de trabalho, com menor desemprego e, portanto, maior consumo e renda disponível das famílias, aumentando a demanda, cujo efeito recai diretamente sobre a produção industrial".
Espírito Santo (2,4%) e Goiás (2,4%) registraram avanços mais acentuados, após recuos no mês anterior, de 0,9% e 0,4%, respectivamente. No caso capixaba, Almeida explica que o crescimento se deve ao setor extrativo. Já em Goiás, a performance favorável decorre dos "setores extrativo e metalúrgico. Esta taxa é a mais intensa desde dezembro de 2023, quando atingiu 2,6%". Maior parque industrial do país, São Paulo avançou 0,9% em setembro, abaixo da média nacional.