Por:

Boletim 'alimenta' avanço dos futuros

Os juros futuros fecharam a sessão em alta, na contramão da queda do dólar e da melhora no mercado de Treasuries no decorrer da sessão. Os investidores seguiram repercutindo a piora das estimativas de IPCA na pesquisa Focus e a precificação de Selic terminal na curva de juros já bateu nos 14,25%. É crescente a percepção de que só a divulgação de um pacote de gastos, não antes de quinta-feira, que seja crível é capaz de alterar a dinâmica das taxas.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 subiu de 13,18% na quinta-feira para 13,30% e a do DI para janeiro de 2027, de 13,35% para 13,46%. Esses são os maiores níveis de fechamento desde 19/12/2022, quando encerraram em 13,68% e 13,62%. O DI para janeiro de 2029 fechou com taxa de 13,24% (de 13,18%).

Os resultados da pesquisa Focus comprometeram bastante o comportamento das taxas, num ambiente externo marcado pelo pessimismo com relação à trajetória dos juros nos EUA. A sinalização do Federal Reserve na semana passada de uma distensão monetária mais branda somada à perspectiva para a política fiscal da gestão Donald Trump são fatores negativos para o fluxo de capital a economias emergentes.

Pela manhã, o yield do T-Bond de 30 anos subiu ao maior nível desde 31 de maio, a 4,677%.

"A taxa longa americana deve permanecer ainda em patamar pouco mais elevado, parecido com o que se observa, pela expectativa de aceleração da economia lá e de uma inflação que pode ficar resiliente, como também o Fed deve estar reduzindo ainda mais as compras de títulos.