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Pela sétima vez seguida, Focus eleva IPCA para 2024

Por Marcello Sigwalt

Em sétima alta consecutiva, o Boletim Focus - consulta semanal do Banco Central (BC) às 100 principais instituições financeiras nacionais - elevou, de 4,62% para 4,64%, a projeção do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) para 2024 (consolidando o 'estouro' da meta de inflação, fixada em 3%, pelo Conselho Monetário Nacional, o CMN), mas também em relação a 2025 e 2026, que subiu de 4,10% para 4,12%, e de 3,65% para 3,70%, respectivamente.

Traduzindo 'miopia' diante da realidade, o boletim Macrofiscal - também divulgado nessa segunda-feira (18) pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda - apesar de revisar para cima (de 4,25% para 4,4%) o IPCA deste ano, ainda insiste em 'acreditar'' que a inflação ficará abaixo da meta).

A escalada do indicador inflacionário ocorre (sob o peso do reiterado desajuste fiscal), mesmo ante o viés altista da Selic (taxa básica de juros), por parte do Copom (Comitê de Política Monetária), colegiado do BC.

Em contraste com o avanço firme da carestia, o PIB (Produto Interno Bruto) se manteve 'imexível' nos 3,10% anteriores, assim como manteve em 1,94% a previsão para o ano que vem.

Expectativas à parte, a 'banca' continua 'apostando' em um patamar da Selic em 11,75% ao ano para este ano, mas subiu de 11,50% ao ano para 12% ao ano, a expectativa para o fim de 2025.

No plano do comércio exterior, o Focus reduziu, de US$ 77,6 bilhões para US$ 77 bilhões, a estimativa do superávit da balança comercial para este ano, ao passo que reiterou a previsão anterior, de US$ 76,7 bilhões, para 2025.