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Taxa de desocupação bate 6,4% no 3T24

Por Marcello Sigwalt

Uma queda moderada, mas firme. Assim pode ser descrita a trajetória declinante da taxa de desocupação do país no terceiro trimestre do ano (3T24), que caiu para 6,4% - redução de 0,5 ponto percentual - ante o trimestre anterior (2T24), de 6,9%. Trata-se do menor patamar para um terceiro trimestre, desde o início da série histórica, em 2012. Já no comparativo anual, o recuo foi ainda mais significativo, de 1,3 ponto percentual, pois em igual trimestre do ano passado (3T23), a taxa foi de 7,7%.

Esses dados constam da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nessa sexta-feira (22) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), ao destacar que a retração da desocupação ocorreu em sete das 27 unidades da federação (UFs).

Por estados, as maiores variações (de desocupação) foram registradas em Pernambuco (10,5%), Bahia (9,7%) e Distrito Federal (8,8%), enquanto as menores foram em Rondônia (2,1%), Mato Grosso (2,3%) e Santa Catarina (2,8%). Outras 20 UFs não apresentaram alterações percentuais significativas.

Segundo o analista da pesquisa, William Kratochwill, "a taxa de desocupação atingiu o segundo menor valor da série histórica, confirmando a tendência de queda. Essa redução pode ser atribuída à chegada do segundo semestre do ano, período em que as indústrias iniciam o ciclo de contratações voltado à produção e formação de estoques, visando a atender ao aumento do consumo no final do ano. No último trimestre, a ocupação na indústria registrou um acréscimo de mais de 400 mil vagas".

No que toca ao tempo de procura por trabalho, no 3T24, houve recuo superior a 10% entre a população desocupada, em que o grupo dos que buscavam trabalho, por menos de um mês, caiu 17,6%: dos que o faziam há um mês; a menos de um ano, queda de 12,1%, e aqueles que buscavam trabalho por um ano a menos de dois anos recuo de 19,1%, e a faixa superior a dois anos a maior baixa: -20,4%. O número de pessoas que tentavam uma vaga no mercado por dois anos ou mais baixou para 1,5 milhão.