Uso do Pix desbanca cartão de crédito
'Queridinho' dos brasileiros, o sistema de pagamentos simultâneos (Pix) acaba de 'desbancar' o cartão de crédito como meio de pagamento preferido no país, de acordo com pesquisa, divulgada na última quinta-feira (31), pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), que se insere num estudo maior (TIC Domicílios), que versa sobre a conectividade nacional.
A conclusão é do estudo, segundo o qual, 84% dos consultados admitiram utilizar esse meio de pagamento no ambiente digital, enquanto outros 67% preferem o cartão de crédito, percentuais 'viáveis', pois é possível utilizar mais de uma forma de pagamento para fazer suas compras online.
Para o gerente do Cetic.br, Alexandre Barbosa, "neste ano, a pesquisa destaca o crescimento do Pix como forma de pagamento das compras realizadas pela internet, puxado pelas classes sociais D e E, com menor acesso ao cartão de crédito".
Em relação à última vez que a pesquisa sobre o e-commerce foi realizada, em 2022, a atual apresenta uma evolução de 18 pontos percentuais entre os que usam o Pix. A pesquisa do TIC Domicílios seja anual, a sondagem sobre o comportamento dos brasileiros em relação ao comércio eletrônico é feita de dois em dois anos. Por classes sociais, os maiores aumentos no pagamento por Pix ocorreram entre as classes B (de 63% para 82%), C (de 68% para 86%) e D/E (de 60% para 78%). De modo contrário, os pagamentos feitos por boletos bancários caíram quase pela metade, de 43% em 2022 para 24% em 2024, diferença de 19 pontos percentuais, segundo o Cetic.br.
No corte que detalha o tipo de artigo mais visado pelo consumidor, o estudo mostra que o grupo de roupas, calçados e material esportivo exibiu o maior crescimento nas compras online pelos consumidores. Enquanto estes, em 2022, representavam 64% das compras, agora somam 71%. Em segundo lugar aparecem os cosméticos e itens de higiene pessoal, que somam 41% (em 2022, respondiam por 34%). Também chamou a atenção dos pesquisadores, o avanço do Pix por serviços de músicas pela Internet, que passou que 13%, em 2022, para 19%, neste ano.