Arrecadação federal cresce 9,77% e soma R$ 247,9 bi
Melhor da série, resultado acumulado do ano é de R$ 2,182 trilhões
Por Marcello Sigwalt
Melhor resultado para o mês da série histórica (iniciada em 1995), a arrecadação federal apresentou alta real (acima da variação inflacionária) de 9,77% em outubro, o comparativo anual, atingindo o montante de R$ 247,92 bilhões, divulgou, nessa quinta-feira (21), a Receita Federal.
No acumulado do ano, de janeiro a outubro, a arrecadação somou R$ 2,182 trilhões, uma elevação de 9,69% ante o mesmo período de 2023, já descontada a correção pela inflação, outro recorde para o período.
No que se refere aos recursos administrados pela Receita - que incluem coleta de impostos para a União - no mês passado, estes avançaram 9,9% em valor ajustado pela inflação, no comparativo anual, indo R$ 225,233 bilhões.
Já as receitas administradas por outros órgãos - que têm grande peso dos royalties sobre a exploração de petróleo - o crescimento foi de 8,19% em outubro, no comparativo anual, chegando a R$ 22,687 bilhões.
Na avaliação da Receita, o desempenho positivo do mês passado decorre do comportamento de indicadores macroeconômicos; retorno da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis e o desempenho dos tributos do comércio exterior em função do aumento do volume das importações, das alíquotas médias e da taxa de câmbio.
Também contribuíram para a arrecadação, pelo Fisco: ganhos com o crescimento da contribuição previdenciária diante de dados positivos da massa salarial; da arrecadação do Simples Nacional previdenciário e do montante das compensações tributárias com débitos de receita previdenciária.
Por setores, destaque para o comércio atacadista, com forte alta real (22,29%) em outubro, no comparativo anual. Também avançaram: comércio varejista, serviços administrativos e fabricação de produtos químicos.