Empreendedorismo serial acelera no Brasil

Método de empreendimento visa ter mais de uma empresa que gere lucro ao empreendedor e movimente o mercado

Por Redação

Guy

Dos 960 bilionários autônomos do mundo, 830 chegaram ao topo fundando múltiplos negócios. Entre eles, destacam-se figuras globais como Richard Branson, Mark Cuban e Elon Musk. No Brasil, nomes como Carlos Wizard, fundador de diversas empresas nas áreas de educação e saúde, Romero Rodrigues, conhecido pelo sucesso com o Buscapé e outras iniciativas no setor de tecnologia, e Guilherme Benchimol, da XP Inc., também se consolidaram como empreendedores seriais de impacto.

Segundo o Global Entrepreneurship Monitor (GEM), aproximadamente 8% dos empreendedores em economias avançadas atuam como “empreendedores seriais”. Esse número cresce, especialmente em países com ecossistemas de negócios dinâmicos e inovadores, como Estados Unidos, Reino Unido e os países nórdicos.

Brasileiros que colhem bons resultados do empreendedorismo serial:


Guy Peixoto Neto, empresário e autor do livro “101 Princípios Essenciais do Empreendedorismo”

Reprodução - Guy

Guy Peixoto Neto, autor do livro “101 Princípios Essenciais do Empreendedorismo”, começou sua trajetória aos 11 anos, vendendo sorvetes em seu condomínio, onde desenvolveu habilidades essenciais de networking e parcerias. Conforme foi crescendo conquistou uma carreira diversificada em áreas como combustíveis, tecnologia, educação, hotelaria e gastronomia, onde alcançou um faturamento anual superior a 250 milhões de reais, consolidando 11 negócios bem-sucedidos.

Alinhadas aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, as empresas de Peixoto integram a sustentabilidade em suas práticas de gestão, priorizando a geração de impactos sociais e ambientais positivos. Desde o uso responsável de recursos até iniciativas de inclusão e desenvolvimento comunitário, suas operações buscam não apenas o crescimento econômico, mas também a promoção de práticas que contribuem para um futuro mais equilibrado e sustentável.

Guy fundou a BEES - Brazilian Entrepreneurs in Series, uma associação dedicada a conectar e apoiar empreendedores seriais. Com o intuito de promover um ambiente de inovação e colaboração, a BEES. A associação oferece mentoria e suporte para a expansão de negócios em diversos setores, além de organizar eventos e fóruns de networking.

“Queremos não só apoiar os empreendedores em suas jornadas, mas também construir um ecossistema de colaboração e inovação que acelere o desenvolvimento econômico do país. A associação é um espaço para mentoria, parcerias estratégicas e trocas de experiência, criando oportunidades reais para que esses empreendedores se expandam e gerem impacto em múltiplos mercados”, afirma o empresário.

Carol Paiffer, empresária e jurada no Shark Tank Brasil

Reprodução - Carol

Carol Paiffer, começou a empreender aos oito anos de idade, na época ela vendia desde geladinho à alface com o irmão, chegando ao ponto de terem uma horta juntos.

Conforme foi crescendo observava o sucesso da mãe e da avó no ramo da moda, e assim nasceu o sonho de ter uma marca de roupas para adolescentes. “Eu decidi fazer uma instalação de empresas, para minha futura empresa de moda, mas eu temia a falência, porque eu via como as pessoas apanham para empreender no Brasil”, explica.

Enquanto Carol se empenhava para realizar o seu sonho, conheceu a bolsa de valores através do professor de economia, do seu irmão, e foi o que mudou a rota da sua jornada. “No primeiro momento eu achei que poderia ser complicado, mas eu entendi que basicamente era comprar barato e tentar vender por um valor também acessível, mas que ainda me rendesse lucro”, afirma.

E assim nasce a Python Investimentos. “Depois meu irmão e eu, montamos um AST, compramos uma empresa de capital aberto e logo em seguida veio a minha entrada também no Shark Tank Brasil”, conta.
Paiffer já ajudou através do Shark Tank Brasil 82 empresas.”Eu olho muito na hora de escolher, se a empresa em questão se conecta com outras que já trabalho, se a gente pode diminuir CAC, que é o custo de aquisição de cliente, através dessas conexões entre as empresas que invisto. Então hoje as possibilidades acabam sendo bem maiores, bem mais amplas com a minha atuação em investimentos, mas no final do dia também eu sempre estou olhando se a empresa tem tecnologia, se ela está focada em dados, porque isso é essencial também”, revela.

Rogério Babler, empreendedor e consultor

Reprodução - Guy

Desde garoto, Rogério Babler, se envolvia em atividades empreendedoras, com o intuito de ganhar o seu próprio dinheiro.”Não conseguia perceber isso com clareza, eu pensava que era por causa do dinheiro, mas olhando pra trás percebo que o que me movia era a adrenalina da recompensa por aquela conquista no momento”, analisa o empreendedor.

Babler fundou seu primeiro empreendimento com três amigos. “Era uma empresa de comercialização de gadgets eletrônicos, isso há 20 anos. Parecia uma excelente oportunidade, mas nosso business plan não parou de pé e faltou velocidade da execução, perdemos tempo e dinheiro”, lamenta.

O empresário tem predominância no setor da educação e atualmente conta com três empresas. “Gosto muito da educação, pois é o setor que tenho competência instalada, experiência e paixão. Atualmente opero nas minhas duas empresas de consultoria que sou sócio em uma por 16 anos e na outra há 10 anos e em uma terceira que entrei recentemente onde atuo como investidor e participo ativamente como conselheiro”, finaliza.