PCSP investiga operações suspeitas envolvendo Timerman e seu advogado
Indícios de criação de artifícios com o objetivo de 'ocultar a origem' e a 'movimentação' de valores desviados, superiores a R$ 5 milhões, de um fundo de investimento, gerido pela Esh Capital. Com base nessa informação, a Polícia Civil de São Paulo cumpriu, na última semana, mandado de busca e apreensão contra Vladimir Joelsas Timerman, gestor da Esh Capital, e seu advogado, César Augusto Fagundes Verch, conforme autorização da 2ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital, segundo informação divulgada, nessa segunda-feira (2), pela Band e pelo jornal O Globo, o que corrobora cobertura do Correio da Manhã.
Conforme inquérito aberto pela 3ª Delegacia Seccional Oeste e investigações conduzidas pela Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas, os supostos desvios seriam feitos, por meio de pagamentos da Esh Capital ao escritório de Verch que, por sua vez, cobraria valores superiores aos praticados no mercado. Em seguida, parcela de tais recursos retornaria ao gestor, sob a forma de transações nacionais e internacionais para uma offshore criada pelo advogado, no paraíso fiscal da ilha de Malta.
O juiz 2ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores de São Paulo, Guilherme Eduardo Martins Kellner determinou a quebra do sigilo bancário e telemático de Timerman.
O Coaf recebeu comunicações de bancos que sugerem "recurso incompatível com o patrimônio declarado no Imposto de Renda (IR). O conselho detectou, irregularidades financeiras que ferem a Carta-Circular nº 4.001/2020 do BC, de práticas de 'lavagem de dinheiro' e 'ocultação de bens'.
Consultados pela reportagem da Band, nem Vladimir Joelsas Timerman, nem César Augusto Fagundes Verch se manifestaram.