Os juros futuros voltaram a fechar a sessão em queda consistente. As taxas já tinham recuo firme desde cedo e receberam impulso extra
à tarde com a informação de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva será submetido a procedimento complementar à cirurgia de ontem, dada a leitura de que sua condição de saúde não deve lhe permitir concorrer à reeleição em 2026.
As apostas de atuação firme do Copom na Selic e o maior otimismo sobre o andamento do pacote fiscal completam a lista de fatores a explicar o alívio nos prêmios. O quadro de apostas para a decisão de política monetária, porém, seguiu inalterado.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 encerrou em 14,20%, de 14,38% ontem no ajuste, o DI para janeiro de 2027 cedeu de 14,69% para 14,35%. O DI para janeiro de 2029 fechou com taxa de 13,90% (de 14,31%).
O noticiário sobre o pós-operatório de Lula, que mobiliza atenções desde ontem, seguiu no radar ao longo do dia, funcionando como um pano de fundo para estimular a recomposição de posições vendidas. Mas um movimento mais agudo veio por volta das 16h30 com o boletim médico sobre o quadro de Lula, informando que ele realizará na manhã desta quinta-feira, 12, um novo procedimento como complementação da cirurgia realizada na cabeça.
Segundo o médico Roberto Kalil, o procedimento é simples, estava previsto desde a cirurgia de ontem e não deve atrasar a liberação para alta. De todo modo, os juros aceleraram a queda para 30 pontos em toda a curva e o dólar cedeu abaixo de R$ 6,00.