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Focus eleva pela 3ª vez seguida o IPCA de 2024

Por Marcello Sigwalt

Cristalizando a 'aposta' do mercado financeiro no descontrole da inflação pelo Planalto, o boletim Focus (consulta semanal do Banco Central às 100 maiores instituições financeiras nacionais) elevou, pela terceira vez seguida, a projeção do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) - indicador oficial de inflação - para 2024, que subiu de 4,84% para 4,89%, o mesmo ocorrendo com relação ao próximo, de 4,59% para 4,60%.

Enquanto que para 2026, agora guindado pela autoridade monetária como o 'horizonte relevante', a previsão ficou estável em 4% - após seis semanas de alta - para 2027, a estimativa passou de 3,58% para 3,66%, segundo aumento consecutivo.

Igualmente 'módica' foi a elevação dos prognósticos para o PIB, que subiu de 3,39% para 3,42% para este ano; de 2% para 2,01% para o ano que vem, ao passo que manteve nos mesmos 2% anteriores a previsão para 2026, o mesmo valendo para 2027.

Em aparente descompasso com a perspectiva de a Selic chegar ao fim deste ano por volta de 14% ao ano, o Focus manteve a previsão da semana passada, de 12% para a taxa básica de juros; elevou de 13,5% ao ano para 14% ao ano, para 2025 e também aumentou para o ano seguinte, de 11% ao ano para 11,25% ao ano.

Já a previsão do resultado primário para 2024 se estabilizou em um déficit de 0,50% do PIB, caindo de -0,70% do PIB para -0,64%, para 2025.

A dívida pública para este ano baixou 63,04% do PIB para 63,00% do PIB e ficou estável em 67% do PIB para 2025.

Outro parâmetro relevante da saúde econômica nacional, o investimento estrangeiro direto no país para 2024 'encolheu' de US$ 71,1 bilhões para US$ 70,5 bilhões, como também para 2025, de US$ 70,8 bilhões para US$ 70 bilhões.