Uma montanha de arrecadação recorde, que totaliza R$ 3,6 trilhões pagos ao Fisco pelos brasileiros em 2024. Esse é o montante atingido pelo Impostômetro - indicador do quanto a população arca com impostos num determinado ano - painel permanente exposto pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), no último domingo (29).

Ante o mesmo período de 2023 (R$ 3,04 trilhões), o valor deste ano representa alta de 18,4%. Segundo o economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, o avanço decorre de: maior atividade econômica, elevação da renda e geração de empregos, sem contar a inflação e ajustes tributários recentes.

Para Gamboa, "o aumento da arrecadação, seja estadual, federal ou municipal, está diretamente ligado ao crescimento da atividade econômica. Com a expansão da atividade econômica, especialmente impulsionada pelo consumo, a arrecadação cresce".

Para o economista da associação, outro elemento determinante da alta foi a elevação das alíquotas do ICMS em diversos estados, medida estratégica para elevar a participação na arrecadação futura do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que substituirá o ICMS e outros tributos.

Ao totalizar R$ 80,1 bilhões de créditos às micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) em 2024, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) obteve uma alta de 46% na modalidade, em relação a 2023, quando disponibilizou R$ 54,8 bilhões.

Em 11 meses, os agentes financeiros parceiros do BNDES responderam pela aprovação de crédito no valor de R$ 100,4 bilhões a empresas de todos os portes, em que as MPMEs representaram 80% do valor, ante R$ 74,5 bilhões no total, e 73% para o segmento, no ano passado.