Ibovespa 'derrete' para 125 mil pontos

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O Ibovespa buscou reaproximação dos 126 mil pontos no melhor momento desta primeira sessão de dezembro, mas não conseguiu se afastar muito da estabilidade mesmo na máxima do dia, em variação restrita no começo de semana que traz o PIB do terceiro trimestre e, nos Estados Unidos, novos dados sobre o mercado de trabalho. Assim, o índice da B3 oscilou de 124.733,89 a 125.901,06 pontos, saindo de abertura aos 125.667,63. Ao fim, mostrava perda de 0,34%, aos 125.235,54 pontos, com giro financeiro a R$ 24,6 bilhões na sessão. Em 2024, cai 6,67%.

Com o ano ingressando no último mês, os investidores aguardam, na outra semana, as deliberações sobre juros do Federal Reserve, nos Estados Unidos, e do Copom, no Brasil. E ainda digerem com dificuldade o pacote de cortes de gastos, com descrença de que o governo obterá a economia de R$ 70 bilhões nos próximos dois anos. Assim, o câmbio se manteve pressionado na abertura de dezembro, chegando o dólar a R$ 6,09 na máxima da sessão - após o nível inédito de R$ 6,11 no intradia da sexta-feira - e fechando, hoje, a R$ 6,0680, recorde histórico de encerramento, em alta de 1,11%.

"Apesar de manifestações pontuais do Banco Central e de deputados em apoio à credibilidade fiscal, boa parte do mercado interpreta que essas medidas não serão suficientes. A visão predominante é que o novo arcabouço fiscal dificilmente será cumprido nos próximos anos, mantendo a dívida pública brasileira em uma trajetória insustentável", aponta Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos.

Na B3, Petrobras ON e PN mostraram ganhos de 0,26% e 0,64% no fechamento.