China 'salva' Ibovespa, que sobe 1%

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O Ibovespa teve um início de semana descolado de certa cautela em Nova York e, no plano doméstico, do prosseguimento da alta do dólar frente ao real, bem como da curva dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI), em meio a revisões nas projeções de instituições financeiras sobre a decisão do Copom, no dia 11.

Movida pela promessa de novos estímulos fiscais na China, a principal ação do Ibovespa, Vale ON ( 5,32%), carregou o índice da B3 acima desde cedo, auxiliada por outro carro-chefe das commodities, Petrobras (ON 2,64%, PN 2,59%), descolando a Bolsa da sessão negativa em Nova York, com rendimentos dos Treasuries em alta e ações em baixa por lá. No fechamento em NY, as perdas ficaram entre 0,54% (Dow Jones) e 0,62% (Nasdaq) na sessão.

O desempenho de Vale e Petrobras compensou a fraqueza das ações de grandes bancos na sessão - exceto Itaú, que subiu hoje 0,49%. Na ponta ganhadora do Ibovespa, nomes do setor metálico como CSN Mineração ( 6,68%) e CSN ( 4,39%), além de Vale, Bradespar ( 4,98%) e Marfrig ( 4,52%). No lado oposto, ações associadas ao ciclo doméstico, como Pão de Açúcar (-5,06%), Petz (-4,51%) e Cogna (-4,17%). Enquanto o índice de materiais básicos (IMAT), correlacionado a preços e demanda formados no exterior, avançou hoje 3,01%, o índice de consumo (ICON) cedeu 0,41%.

Assim, com apoio das ações correlacionadas ao exterior, o Ibovespa subiu hoje 1,00%, aos 127.210,19 pontos, entre mínima de 125.945,89, correspondente ao nível de abertura, e máxima de 127.541,62 pontos, com giro a R$ 21,4 bilhões na sessão. No mês, o Ibovespa tem ganho de 1,23%, com perda no ano a 5,20%.

Em estimativas divulgadas nesta segunda-feira, a Warren Investimentos informou esperar alta de 0,75 ponto porcentual na taxa Selic na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) desta semana. Em relatório, assinado pelo estrategista-chefe, Sérgio Goldenstein, a casa considera que haver possibilidade de alta de 1 ponto. O Itaú revisou elevou sua projeção de alta de 0,75 ponto porcentual para 1 ponto, levando a taxa básica para 12,25%.