Contas externas mostram deterioração

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Por Marcello Sigwalt

Sinalização inequívoca de deterioração das contas externas do país, as transações correntes do balanço de pagamentos foram deficitárias, em novembro último, ante equilíbrio exibido, em igual mês do ano anterior. Nesse mesmo comparativo anual, os déficits em serviços e em renda primária aumentaram US$ 922 milhões e US$ 603 milhões, respectivamente, ao passo que o superávit de renda secundária teve alta de US$ 140 milhões.

Em 12 meses, o déficit de transações correntes avançou de US$ 25,8 bilhões (1,19% do PIB) para US$ 52,4 bilhões (2,37% do PIB), de novembro de 2023 para o mês passado, superando outubro, que exibiu déficit de US$ 49,4 bilhões (2,22% do PIB).

Também declinante, o superávit comercial de bens recuou de US$ 8 bilhões, em novembro do ano passado, para US$ 6,3 bilhões, em novembro último. Em contrapartida, as exportações de bens avançaram 0,4% (US$ 28,2 bilhões), ao passo que as importações cresceram 8,9% (US$ 21,9 bilhões).

Ao contabilizar ingressos líquidos de US$ 7 bilhões, em novembro último, os investimentos diretos no país (IDP) - pouco acima dos US$ 6,7 bilhões, no mesmo mês do ano passado - resultaram de US$ 6,9 milhões em participação no capital e de US$ 64 milhões, em operações intercompanhia.

As totalizarem US$ 363,0 bilhões em novembro de 2024, as reservas internacionais tupiniquins tiveram redução de US$ 3,1 bilhões, ante o mês anterior, devido à concessão de linhas com recompra, US$ 4,0 bilhões, e as variações por paridades, US$ 1,5 bilhão.