Por:

Após correção, futuros voltam a subir

Os juros futuros fecharam a terça-feira (7), entre estabilidade e leve alta. O mercado conseguiu esticar o movimento de correção visto desde quinta-feira até meados da tarde, quando, então as taxas passaram a subir. O ajuste técnico promovido nos últimos dias já vinha perdendo fôlego e se esvaiu na segunda etapa quando o dólar, que ajudava a segurar as taxas em baixa, reduziu a queda. Assim, o cenário fiscal preocupante e o cenário externo adverso voltaram a prevalecer. Nos EUA, os rendimentos dos Treasuries avançaram, em meio a indicadores da economia, além de declarações de Trump.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 fechou a 14,99%, de 15,00% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2027 subiu de 15,37% para 15,39%. O DI para janeiro de 2029 terminou com taxa de 15,19% (de 15,11% ontem).

Após encerrarem 2024 em níveis considerados extremamente elevados, os juros passaram por um corte de excesso nos prêmios nas primeiras sessões de 2025, muito com a ajuda do câmbio, mas hoje esse movimento parece ter encontrado um limite. No decorrer do pregão, o recuo do dólar, que nas mínimas chegou a R$ 6,05, ajudava a sustentar as taxas futuras em queda, se contrapondo à pressão de alta vinda dos Treasuries. A moeda americana, porém, diminuiu a baixa e chegou a ensaiar uma virada.

"O dólar subiu um pouquinho, o movimento natural de final de dia, e as taxas reagiram a isso. Já seria esperado juros subirem com as taxas nos Estados Unidos subindo também", relata o estrategista-chefe da Monte Bravo, Alexandre Mathias.