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'Tarifaço' Trump derruba bolsa: -1,27%

A cautela externa reforçada nessa quarta-feira (8), pela possibilidade de um 'tarifaço' geral na largada do governo Trump, de volta no dia 20, manteve os ativos brasileiros na defensiva, levando o Ibovespa a retroceder aos 119 mil pontos e a colher a 3ª perda em cinco sessões neste começo de ano. Hoje, o índice da B3 oscilou dos 119.351,34 aos 121.160,25 pontos, e encerrou em queda de 1,27%, aos 119.624,51, com giro a R$ 19,4 bilhões. Na semana, o Ibovespa ainda sustenta ganho de 1,16%, mas volta ao negativo no mês, em baixa de 0,55%.

O dia foi de perdas bem distribuídas pelas ações de maior peso e liquidez, como Vale (ON -0,96%), Petrobras (ON -0,95%, PN -0,81%) e as de grandes bancos, como Itaú (PN -1,62%) e Bradesco (ON -1,89%, PN -1,55%). Na ponta perdedora do Ibovespa, Carrefour (-12,20%), CSN (-7,18%) e Magazine Luiza (-6,52%). No lado oposto, Pão de Açúcar ( 1,06%), São Martinho ( 0,93%) e Marfrig ( 0,89%). Apenas nove das 87 ações que compõem a carteira teórica do Ibovespa subiram na sessão.

Em ruidosa maré que antecipa a segunda posse na Casa Branca, o presidente eleito Donald Trump tem movimentado o noticiário em base diária com promessas de anexação do Canadá e da Groenlândia, retomada do Canal do Panamá - administrado pelos americanos até 1999 - e a intenção de asfixiar os vizinhos do norte (Canadá) e do sul (México) com um torniquete tarifário para forçá-los a conter a entrada de imigrantes e de fluxos ilegais, como também a adoção de uma "emergência econômica nacional", para a implementação de sobretaxas "universais", segundo apurou a rede americana CNN.