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Intenção de consumo das famílias reage

Tanto a intenção de consumo das famílias quanto a confiança dos empresários do comércio mostraram sinais de recuperação ao fim de 2024, apontou a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) avançou 0,2% em dezembro ante novembro, já descontadas as influências sazonais, quebrando sequência de cinco meses de queda, para o patamar de 103,9 pontos, na zona favorável (acima de 100 pontos).

O saldo, porém, ainda ficou 1,3% aquém do nível de dezembro de 2023.

Já o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) cresceu 0,2% em dezembro ante novembro, para 112,4 pontos, na zona de otimismo (acima dos 100 pontos). Ante dezembro de 2023, o Icec subiu 3,1%.

"Embora a inflação esteja elevada e os juros em uma trajetória crescente, o comércio brasileiro é forte e dinâmico, e o mercado de consumo interno é inigualável, trazendo um fator que poucos países no mundo têm. Em 2024 tivemos ótimos resultados, com ganhos na reforma tributária, defesa da competitividade das empresas nacionais e proposição de uma reforma administrativa séria", justificou o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros, em nota oficial.

De novembro a dezembro, houve melhora em três dos sete itens da ICF: emprego atual, queda de 0,2%, para 125,8 pontos; renda atual, -0,1%, aos 125,3 pontos; nível de consumo atual, 0,0%, para 90,4 pontos; perspectiva profissional, 0,2%, aos 113,6 pontos; perspectiva de consumo, 0,7%, para 108,8 pontos; acesso ao crédito, -0,7%, para 93,8 pontos; e momento para aquisição de bens de consumo duráveis, 0,5%, para 69,3 pontos.

"Os consumidores estão mais cautelosos devido ao acesso mais seletivo ao crédito e inflação pressionada. No setor empresarial, houve a percepção de avanços em 2024 devido às medidas tomadas pelo BC e o maior dinamismo do mercado interno. O ano de 2025 será desafiador, mas se fizermos o dever de casa, o Brasil tem tudo para engatar uma boa trajetória de crescimento", avaliou o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares.