Os juros futuros fecharam em queda firme na sessão desta quarta (15). Os dados dos EUA, divulgados de manhã, foram protagonistas do movimento de alívio nos prêmios, que se ampliou à tarde com a informação do cessar-fogo na faixa de Gaza. Por aqui, o mercado reagiu positivamente à agenda, que trouxe a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) e dados do Governo Central, sendo bem recebida ainda a entrevista do secretário do Tesouro, Rogério Ceron.
O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 fechou em 14,81%, de 14,91% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2027 caiu de 15,20% para 14,99%. O DI para janeiro de 2029 terminou com taxa de 14,83% (15,16% ontem).
Ao contrário das sessões de queda neste mês, hoje o fechamento da curva foi respaldado pela melhora da liquidez. O giro dos contratos ficou acima da média padrão vista em janeiro e boa parte das taxas encerrou já abaixo dos 15% e nos menores níveis desde meados de dezembro.
O exterior contribuiu inicialmente com o Banco Central Europeu (BCE) avisando que o foco da política monetária agora mudou da inflação para o crescimento. Depois vieram dados nos EUA que derrubaram os juros dos Treasuries - a taxa da T-Note de 10 anos estava em 4,65% no fim da tarde.
O núcleo da inflação ao consumidor americano ficou pouco menor ao esperado e a queda do índice de atividade industrial Empire State, que mede as condições da manufatura no Estado de Nova York, foi bem pior do que a esperada, ampliando as apostas de corte de juros pelo Federal Reserve em 2025.