Confirmando a expectativa do mercado, de um ritmo mais lento da economia, na reta final de 2024, o IBC-Br subiu 0,1% em novembro último, o que reflete o aperto monetário, já em curso na época, aplicado pelo Banco Central (BC).
Ante o mês anterior, o resultado representa uma estabilidade da atividade, embora o dado representa o quarto mês seguido no 'azul' do indicador. No entanto, os números estão aquém daqueles exibidos em agosto e setembro, de 0,3% e 0,7%, respectivamente.
No comparativo anual, porém, o desempenho do penúltimo mês do ano passado corresponde a uma alta de 4,1%, e de 3,6%, se considerado o acumulado dos últimos 12 meses.
No detalhamento setorial, tomando por base o comparativo mensal, a indústria teve recuo de 0,6% na produção; as vendas varejistas recuaram 0,4%, ao passo que o volume de serviços acusou retração de 0,9%.
Tais performances negativas, porém, não impediram que a economia continuasse aquecida, ante um mercado de trabalho ainda dinâmico, além da expansão da renda, fatores de pressão inflacionária. No final do mês, nova reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom/BC) deverá definir os rumos da política monetária, com perspectiva de novo aumento da Selic (taxa básica de juros), atualmente em 12,25% ao ano. Estão previstas duas novas elevações, de um ponto percentual, da taxa nos próximos meses.
O IBC-Br resulta do cálculo de proxies representativas dos índices de produção da agropecuária, da indústria e do setor de serviços, além do índice de volume dos impostos sobre a produção. (M.S.)