Produção industrial registra queda de 0,6% em novembro
Segunda queda seguida, todavia, não evitou alta anual de 1,7% do setor
Por Marcello Sigwalt
Pelo segundo mês seguido, a produção industrial voltou a cair, desta vez, de -0,6% em novembro, para o mês anterior, quando já havia recuado 0,2%, acumulando uma perda de 0,8% no biênio. Ante novembro de 2023, porém, o setor apresenta crescimento de 1,7%, consolidando o sexto mês seguido de expansão. No ano, a elevação chega a 3,2% e a 3%, nos últimos 12 meses. Em decorrência desses dados, a atividade situa-se 1,8% acima do patamar pré-pandêmico (fevereiro de 2020), mas é 15,1% inferior ao recorde alcançado em maio de 2011, informou, nessa quarta-feira (8), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
No comparativo mensal, em novembro último, tiveram maior influência negativa no resultado setorial, atividades, como: veículos automotores, reboques e carrocerias (-11,5%), e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,5%).
Na avaliação do gerente da PIM Brasil, André Macedo, gerente da PIM Brasil, a queda neste mês decorre, não só de uma base comparação mais elevada (em função dos dois resultados positivos anteriores, período em que acumulou expansão de 12,7%), assim como pela perda disseminada dentro do setor, que alcança os principais produtos (automóveis, caminhões e autopeças). "Destaco que essa atividade, mesmo assinalando redução de 11,5% neste mês, ainda está 14,2% acima do patamar que havia terminado o ano de 2023", acrescentou Macedo.
Diferentemente do observado no mês anterior, o índice de novembro atesta predomínio de taxas negativas, alcançando as quatro grandes categorias econômicas e 19 dos 25 ramos industriais pesquisados. A variação negativa coube aos bens semi e não duráveis (-2,8%). "Esse segmento foi pressionado pelos recuos nos itens álcool etílico e em itens dos setores de alimentos e bebidas", observou Macedo.