Volume de serviços apresenta recuo de 0,9% em novembro
Apesar de dado negativo, setor está 16,9% acima do nível pré-pandemia
Por Marcello Sigwalt
Um mês após atingir o maior patamar da série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE - iniciado em janeiro de 2011 - o volume de serviços no país apresentou queda de 0.9% em novembro, ante o mês anterior, levando em conta o ajuste sazonal. Apesar do recuo, o setor está 16,9% acima do nível pré-pandemia, referente a fevereiro de 2020.
Como reflexo do movimento adverso, duas das cinco atividades de serviços pesquisadas apresentaram taxas negativas, no comparativo mensal: transportes (-2,7%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (-2,6%). Em contrapartida, avançaram as atividades de informação e comunicação (1,0%), outros serviços (1,8%) e serviços prestados às famílias (1,7%).
Sobre a performance setorial, o gerente da Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE, Rodrigo Lobo observa que "a despeito da concentração setorial de taxas negativas, vários segmentos mostraram perda de receita nessas duas atividades, com recuos do transporte de cargas e de passageiros, no primeiro setor, e nas atividades jurídicas, em serviços de engenharia e consultoria em gestão empresarial, na última".
Já no comparativo anual (nov2024/nov2023), o setor de serviços cresceu 2,9%, marcando o oitavo resultado positivo. Nesse caso, a alta foi observada em quatro das cinco atividades e por 56,0% dos 166 serviços investigados, desempenho 'puxado' pela informação e comunicação (6,6%) e os demais avanços vieram dos transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (2,7%), dos serviços prestados às famílias (5,0%) e dos serviços profissionais, administrativos e complementares (0,4%).
Ao mesmo tempo, a única influência negativa veio de outros serviços (-1,0%), por conta da redução das receitas de serviços financeiros auxiliares, das atividades de apoio à agricultura e da coleta de resíduos não perigosos.