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Bolsa recua 1,36%, aos 125,4 mil pontos

A semana começou com o Ibovespa em baixa acima de 1% e atenção voltada à fala sobre macroeconomia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em novo evento de "retomada" da indústria naval brasileira.

À noite, expectativa para o pronunciamento presidencial, às 20h30, sobre os programas Pé-de-Meia e Farmácia Popular, no momento em que se ensaia uma contraofensiva para resgatar os níveis de aprovação do governo - o que, a depender do tom, pode reverberar sobre a percepção do mercado quanto à trajetória das contas públicas.

Em outro desdobramento do dia, a equipe econômica deve enviar ao Congresso após o Carnaval o redesenho do projeto de lei que cria um novo formato para custear o programa Auxílio-Gás dentro das regras do arcabouço fiscal, segundo apurou o Broadcast.

O tema já entrou no radar da equipe técnica do Tribunal de Contas da União (TCU), sobretudo depois das discussões envolvendo o programa educacional Pé-de-Meia, conforme reportaram, de Brasília, os jornalistas Giordanna Neves e Renan Monteiro.

Situação fiscal

Assim, com a situação fiscal doméstica aos poucos retornando ao radar dos investidores, o Ibovespa encerrou o dia no menor nível desde 13 de fevereiro, em baixa de 1,36%, aos 125.401,38 pontos, com giro a R$ 19,3 bilhões.

No mês, o índice oscilou hoje para o campo negativo, acumulando perda de 0,58%, o que reduz o ganho do ano a 4,25%.

Entre as ações de maior peso no índice, na contramão dos preços da commodity na sessão, Petrobras chegou a acentuar perdas acima de 1% à tarde, mas encerrou o dia com as ações mais acomodadas, em baixa de 0,66% na ON e de 0,70% na PN, em semana na qual serão conhecidos os resultados trimestrais da empresa, na quinta-feira.

Entre os grandes bancos, o ajuste negativo ficou entre 0,55% (Itaú PN) e 1,77% (Bradesco PN), à exceção de Santander, que fechou em alta de 0,57%.

Na ponta do Ibovespa nesta segunda-feira, destaque para Azul ( 4,13%), Embraer ( 1,54%), como também pela BB Seguridade ( 1,24%).