Por Marcello Sigwalt
Pela primeira vez, após muitos meses, a taxa de desocupação do país cresceu no país, pois passou de 6,1%, no trimestre móvel de setembro a novembro, para 6,5% (da população economicamente ativa), no trimestre de novembro de 2024 a janeiro de 2025, aponta a Pnad Contínua, segundo divulgou, nessa quinta-feira (27), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A tendência de elevação da desocupação não deixa de ser uma má notícia para os 7,2 milhões de brasileiros que permaneciam desocupados, de novembro de 2024 a janeiro de 2025. Se comparado com o trimestre móvel anterior (agosto a outubro), foi registrado aumento de 5,3%, o correspondente a mais 364 mil indivíduos sem ocupação. Levando em conta que boa parte desse contingente desempregado seja 'arrimo de família', o universo potencial atingido pelo alijamento do mercado de trabalho pode superar 30 milhões de indivíduos.
Já no comparativo trimestral anual, porém, houve queda de 13,1% (redução de 1,1 milhão de pessoas), quando haviam 8,3 milhões desocupados.
Ao mesmo tempo, a taxa de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada) exibiu estabilidade, ao chegar a 15,5%, face aos 15,4% apresentado pelo trimestre anterior.
A quantidade de pessoas ocupadas ao final do trimestre concluído em janeiro último era de aproximadamente 103,0 milhões, uma baixa de 0,6%, ou seja, menos 641 mil pessoas em relação ao trimestre anterior. Comparando com novembro de 2023 a janeiro de 2024, quando eram 100,6 milhões de pessoas ocupadas, ocorreu alta de 2,4% (mais 2,4 milhões de pessoas). O nível da ocupação atingiu 58,2%, queda de 0,5 ponto percentual ante o trimestre anterior (58,7%).