Por Marcello Sigwalt
Passada a 'brevíssima' pausa da escalada de avanço inflacionário, o IPCA (índice oficial de inflação) projetado para 2025 pelo boletim Focus - consulta semanal do Banco Central (BC) às 100 maiores instituições financeiras do país - nessa segunda-feira (10), voltou a subir, passando de 5,65% para 5,68%.
Tal patamar, portanto, se distancia, ainda mais, do teto da meta de inflação de 4,5% para este ano, estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Também acima da meta ficou a projeção do mercado para 2026, a princípio, estacionado em 4,40%, pela segunda semana seguida. Igualmente estacionários ficaram as previsões para 2027 e 2028, em 4% e 3,75%, respectivamente.
A 'imexibilidade' também parece ter contaminado as previsões para o PIB, que se manteve inalterado em 2,01%, pela terceira semana seguida, bem como para 2026, paralisado em 1,70%, pela quarta semana, e em 2% para 2027.
Em que pese o avanço da inflação, a Selic (taxa básica de juros) projetada pela 'banca' continuou em 15% ao ano, pela nona semana consecutiva. Sem mudança também permaneceu em 12,50% ao ano, o prognóstico para 2026.
Volátil nesse início do ano, o dólar deverá chegar à cotação de R$ 5,99 no fim de 2025; em R$ 6, no ano que vem; em US$ 5,90, tanto para 2027, quanto para 2028.
Ao mesmo tempo, a projeção do Focus para o déficit nominal de 2025 caiu de 8,96% do PIB para 8,95% do PIB. Para 2026, o rombo nominal se manteve em 8,50% do PIB.
Já a dívida líquida do setor público (DLSP) em 2025 'encolheu' de 65,86% do PIB para 65,78% do PIB. Para 2026, a estimativa continuou em 70,33%. O déficit primário deste ano continuou em 0,60% do PIB.
O Investimento Estrangeiro Direto continuou em US$ 70 bi, mas recuou de US$ 74,5 bi para US$ 73,25 bi para 2026.