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Moedas emergentes reagem e dólar cai

O dólar acentuou o ritmo de baixa ao longo da tarde, em sintonia com o comportamento da moeda norte-americana no exterior, e encerrou a sessão desta terça-feira, 11, em queda firme, no nível de R$ 5,81, após mínimas na casa de R$ 5,80.

Notícia de que a Ucrânia aceitou proposta norte-americana para um cessar-fogo na guerra contra a Rússia e o recuo temporário da província canadense de Ontário na aplicação de tarifas de 25% à energia elétrica exportada aos EUA foram bem recebidos pelos investidores.

Pela manhã, o presidente Donald Trump havia anunciado tarifa adicional de 25% sobre o aço e o alumínio canadense, elevando a tarifa total 50%, em contraofensiva a iniciativa de Ontário na segunda-feira. À tarde, Trump disse que poderia desistir da sobretaxa de 25% para os produtos canadenses a partir da quarta-feira, o que foi confirmado em seguida.

Divisas emergentes e de países exportadores já se valorizavam em relação ao dólar desde a abertura dos negócios, em movimento de correção parcial das pesadas perdas da segunda-feira, quando os temores de recessão nos EUA abalaram ativos de risco.

Com mínima a R$ 5,8037, o dólar à vista terminou a sessão em queda de 0,69%, a R$ 5,8117. Com isso, a divisa passa a acumular desvalorização de 1,77% nos cinco primeiros pregões de março.

"Temos hoje um forte movimento global de desvalorização do dólar. Com a perspectiva de taxa de juros menor e economia desacelerando, os Estados Unidos vão atrair menos fluxo, o que favorece divisas emergentes", afirma o head da Tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt.