A indústria de cimento no Brasil abriga 93 fábricas, espalhadas nas cinco regiões. O marco da produção no País é de 1924 e a atual capacidade de produção atinge 94 milhões de toneladas por ano. A operação é feita por 12 grupos de grande e médio porte (sete nacionais, quatro estrangeiros e um de capital compartilhado), além de 11 pequenas empresas com foco microrregional.
A Votorantim Cimentos é a única com presença nas cinco regiões, com 24 unidades em operação. Três grupos também se destacam: a InterCement (em quatro regiões), seguida por CSN e Mizu, em três. O grupo italiano Buzzi, que assumiu a Brennand Cimentos, também ampliou seu raio de atuação após fazer uma grande aquisição no final de 2020: está no Nordeste e Sudeste. Cinco cimenteiras detêm próximo de 80% das vendas e da capacidade efetiva de produção no País: Votorantim, CSN, InterCement, Mizu e Buzzi.
Impelido por um longo período de estagnação, o setor deu início à uma fase de consolidação, que incluiu aquisições de empresas nacionais por outras nacionais e estrangeiras. Em que pese sinais de recuperação da atividade, o consumo persiste abaixo dos níveis verificados em 2014.
Mesmo com programas assistencialistas, do tipo "Minha Casa, Minha Vida", persistem alguns obstáculos para a retomada da rota de crescimento, como juros altos e baixa infraestrutura. Prova disso é que, desde 2015, a crise provocou o fechamento de 20 fábricas e fornos, além de pedidos de recuperação judicial. Em consequência desse 'terremoto' no mercado, há uma tendência, ainda tênue, de descentralização das unidades.