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Descolado de NY, Ibovespa cai 0,77%

O Ibovespa encerrou a segunda-feira (24), em terreno negativo, tendo acumulado ganhos nas três semanas anteriores, gordura que o fez caminhar em direção contrária à dos índices de Nova York, onde o avanço ficou na faixa de 1,42% (Dow Jones) a 2,27% (Nasdaq) na sessão. Sem quebras nas semanas de março, o índice da B3 recuperou quase 10 mil pontos, de maneira que analistas consideram ser natural uma pausa para ajuste, tendo à frente uma semana de agenda forte no Brasil e no exterior, com novas leituras sobre inflação, também nos EUA, e a ata sobre juros, por aqui.

Assim, mesmo em baixa de 0,77%, aos 131.321,44 pontos no fechamento desta segunda-feira, o Ibovespa ainda acumula ganho de 6,94% em março - o que supera o avanço de 6,54% em agosto passado, quando renovou máxima histórica na casa dos 137 mil pontos.

Se mantiver o desempenho até a próxima segunda-feira, quando o mês chega ao fim, confirmará sua maior alta desde os 12,54% de novembro de 2023.

Moderado, o giro financeiro desta segunda-feira ficou em R$ 18,5 bilhões. Na sessão, oscilou dos 130.991,87 aos 132.424,43 pontos, saindo de abertura aos 132.343,95 pontos. Entre os grandes bancos, Bradesco sustentou alta (ON 1,23%, PN 1,04%) e, no setor metálico, Usiminas (PNA 1,38%) e as ações de Gerdau (PN 0,58%) e Metalúrgica Gerdau ( 0,95%) também foram na direção contrária das blue chips.

Vale ON cedeu 0,52% e Petrobras caiu 0,25% na ON e 0,14% na PN - ambas as empresas tendo chegado a acentuar perdas nos respectivos papéis, no meio da tarde.

Na ponta perdedora, Embraer (-4,70%), Hapvida (-4,15%) e Rumo (-3,94%). No lado oposto, Brava ( 10,19%), CVC ( 7,07%) e PetroReconcavo ( 1,35%), além de Usiminas.

"Prevaleceu a contramão ante as bolsas de Nova York na sessão, após uma alta ter sido ensaiada no setor metálico da B3 pela manhã, devolvida à tarde. A semana traz novas informações importantes, como a ata do Copom, amanhã", diz Diego Faust, operador de renda variável da Manchester Investimentos.