Sem muitos gatilhos para orientar os negócios, o Ibovespa resistiu ao sinal negativo de Nova York, onde as perdas chegaram a 2,04% (Nasdaq) no fechamento, e subiu 0,34%, aos 132.519,63 pontos, com giro a R$ 22,0 bilhões. Dessa forma, renovou a máxima de fechamento do ano, no maior nível desde 2 de outubro. Nesta quarta-feira, 26, oscilou dos 132.068,02 aos 132.983,92, em variação de pouco mais de 900 pontos entre o piso e o teto da sessão, em que saiu de abertura aos 132.069,01. Na semana, passa ao positivo ( 0,13%), com ganho no mês a 7,92% e no ano a 10,17%.
Destaque nesta quarta-feira para os carros-chefes Vale (ON 0,61%) e Petrobras (ON 1,06%, PN 0,94%) e, entre os grandes bancos, para Bradesco (ON 1,73%, PN 1,63%). Na ponta ganhadora do Ibovespa, Braskem ( 9,68%), Brava ( 6,63%) e Vamos ( 6,25%). No lado oposto, Automob (-7,41%), Minerva (-3,18%) e JBS (-2,70%).
A B3 atualizou os dados referentes à participação dos investidores na Bolsa de 17 de fevereiro até 21 de março. No mês de março, até o momento (dia 24), houve entrada de R$ 4,346 bilhões por parte de estrangeiros, resultado de compras acumuladas de R$ 214,663 bilhões e vendas de R$ 210,317 bilhões. No acumulado do ano, o fluxo de capital externo está positivo em R$ 11,869 bilhões.
"Dia de queda nos mercados globais, com agenda fraca, sem indicadores relevantes. O norte continua a ser a incerteza comercial nos Estados Unidos, com aproximação da implementação, no começo de abril, de tarifas recíprocas. Mas a Bolsa, aqui, mostrou resiliência mesmo com a piora no câmbio e na curva do DI", diz Rodrigo Ashikawa, economista da Principal Asset Management no Brasil. O dólar à vista fechou o dia em alta de 0,41%, a R$ 5,7328.
Ashikawa destaca, na agenda da quinta-feira, tanto a divulgação do IPCA-15 referente a março como a do relatório de política monetária (RPM), o antigo relatório trimestral de inflação. Na sessão desta quarta, o comentário do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a possibilidade de negociações entre Mercosul e Japão animou setores ligados ao comércio exterior, observa Lucas Almeida, sócio da AVG Capital.