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Déficit corrente do país se deteriora mais em fevereiro

Por Marcello Sigwalt

Evidência de deterioração das contas externas do país, o déficit de transações correntes do balanço de pagamento saltou de US$ 3,9 bilhões para US$ 8,8 bilhões, de fevereiro de 2024 para o mês passado. Em 12 meses, tal déficit atingiu US$ 70,2 bilhões (3,28% do PIB), ante US$ 65,3 bilhões (3,03% do PIB) no mês anterior e US$ 23,9 bilhões (1,07% do PIB) em fevereiro de 2024. No mesmo comparativo anual, o superávit comercial recuou para US$ 5,4 bilhões, enquanto o déficit em serviços continuou estável e o déficit em renda primária caiu para US$ 526 milhões.

O déficit da balança comercial de bens chegou a US$ 979 milhões em fevereiro de 2025, ante superávit US$ 4,4 bilhões em fevereiro 2024.

Na mesma base anual, a redução na despesa líquidas de serviços culturais, pessoais e recreativos aumentou 89,1% (US$ 31 milhões); e alta de 133,7% das receitas líquidas de outros serviços de negócios (US$ 416 milhões); e de demais serviços, que subiram 147,8%, para US$ 147 milhões.

Já os investimentos diretos no país (IDP) tiveram ingressos líquidos de US$ 9,3 bilhões em fevereiro último (US$ 5,6 bilhões em participação no capital e de US$ 3,7 bilhões em operações intercompanhia), bem superiores aos US$ 5,3 bilhões registrados em igual mês do ano passado.

Em 12 meses, o IDP acumulado totalizou US$ 72,5 bilhões (3,38% do PIB) em fevereiro de 2025, ante US$ 68,5 bilhões (3,18% do PIB) em janeiro de 2025 e US$ 64,6 bilhões (2,89% do PIB) em relação a fevereiro de 2024.

Em contraste, enquanto os investimentos em carteira no país somaram US$ 3,1 bilhões em fevereiro de 2025, no mês anteriores estes apuraram saídas líquidas de US$ 4,8 bilhões.

No caso de investimentos em ações e fundos de investimento no mercado doméstico houve acúmulo de US$ 1 bilhão no mês passado.