Os juros futuros voltaram a fechar em queda nesta terça-feira (1º), novamente pautada pelo ambiente externo, acompanhando a trajetória de baixa dos juros globais e a queda do dólar abaixo dos R$ 5,70. A grande maioria dos vencimentos encerrou com taxas novamente abaixo da marca de 15%. A do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 estava em 15,005%, de 15,026% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2027 em 14,85%, de 14,93%. O DI para janeiro de 2029 tinha taxa de 14,59% (de 14,72%).
Com o recuo de ontem e de hoje, os DIs já devolveram toda a alta da semana passada, com o exterior prevalecendo. Os yields dos Treasuries tiveram queda firme, com o da T-Note de 10 anos cedendo à faixa de 4,15% no fim da tarde. Os Índices dos Gerentes de Compra (PMI, em inglês) dos EUA vieram abaixo do esperado, sendo que aquele medido pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM,em inglês), ao cair para 49, já entrou em terreno de contração. "E o dado ainda trouxe alta no índice de preços, o que pode dar uma amarrada nas mãos do Federal Reserve. Já se fala de novo em estagflação, o que seria o pior dos mundos", afirma o economista Victor Beyruti, da DA Economics. Ainda, o relatório Jolts mostrou fraqueza no mercado de trabalho.
Os indicadores acabaram reforçando o clima de cautela que antecede o "Dia da Libertação", como está sendo chamada esta quarta-feira (2), quando o governo Trump vai anunciar as tarifas recíprocas que vão vigorar a partir do dia 3. Há uma percepção de que, entre os países a serem penalizados pelas tarifas de Trump, o Brasil pode ser bem sucedido nas negociações comerciais.