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Com fraqueza ianque, dólar recua 0,40%

Após uma alta moderada nas primeiras horas de negócios, o dólar passou a cair no fim da manhã desta terça-feira, 1º de abril, no mercado local em sintonia com o ambiente externo.

Dados do mercado de trabalho e da indústria norte-americana aquém das expectativas reforçaram os sinais arrefecimento da economia dos Estados Unidos, na véspera do anúncio das tarifas recíprocas prometidas pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

Com máxima a R$ 5,7323 e mínima a R$ 5,6734 o dólar à vista encerrou o pregão desta terça-feira em queda de 0,40%, a R$ 5,6824 - abaixo do nível de R$ 5,70 no fechamento pela primeira vez desde 20 de março. No ano, a moeda agora acumula perdas de 8,05%.

Depois de exibir na segunda-feira o melhor desempenho entre as principais divisas globais (à exceção do rublo), o real apresentou nesta terça ganhos inferiores a de seus pares latino-americanos, como os pesos mexicano e chileno. Termômetro do comportamento do dólar em relação a seis divisas fortes, o índice DXY ficou praticamente no zero a zero.

A leitura entre analistas é a de que o esfriamento da economia dos EUA, desde que não deságue em recessão, tira a atratividade do dólar e favorece divisas emergentes - sobretudo se o Federal Reserve entregar dois cortes de juros neste ano, conforme sinalizado na reunião de política monetária de março.

Sócio e diretor da MAG Investimentos, Claudio Pires lembra que o Fed prevê que a política tarifária de Donald Trump resulte em menos crescimento e inflação de caráter transitório. "A dinâmica dos mercados está em linha com o cenário que o Fed traçou em suas projeções.