Mesmo com forte pressão em Vale (ON -3,62%) e Petrobras (ON -3,53%, PN -3,23%), o Ibovespa escapou nesta quinta-feira (3), relativamente ileso dos efeitos secundários do Dia da Libertação, o tarifaço concretizado no fim da tarde da quarta-feira pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump - e que teria saído barato a princípio para o Brasil, tributado com a tarifa mínima prevista, de 10%, em vigor a partir deste sábado, 5.
Após a "Libertação" protecionista, boa parte dos mercados globais passou por acentuada correção nesta quinta-feira, com destaque para o mergulho de 5,97% do índice de tecnologia de Nova York, o Nasdaq. Dow Jones cedeu 3,98% e S&P 500 caiu 4,84%.
Aqui no Brasil, o índice da B3 fechou pouco abaixo da estabilidade (-0,04%), aos 131.140,65 pontos, com giro a R$ 28,2 bilhões na sessão.
Nesta quinta, oscilou entre mínima de 130.181,74 e máxima de 132.552,11 pontos, saindo de abertura aos 131.185,39 pontos.
Na semana, ainda cai 0,58%, mas acumula ganho de 0,68% no agregado das três primeiras sessões do mês. No ano, sobe 9,03%.
O dia seguinte ao tarifaço norte-americano foi de recuo limitado para os preços do minério de ferro na China, e de queda livre para o petróleo em Londres e Nova York, com perdas superiores a 6% no fechamento do Brent e do WTI.
Apesar do desempenho negativo das gigantes das commodities - Vale e Petrobras -, o dia foi de avanço para as ações de grandes bancos, em faixa acima de 1% para Itaú (PN 1,78%), Bradesco (ON 1,88%, PN 1,92%) e Santander (Unit 1,40%).
Na ponta ganhadora, Auren ( 7,58%), Magazine Luiza ( 5,45%) e Iguatemi ( 5,12%). No lado oposto, Brava (-7,18%), Prio (-6,95%) e São Martinho (-5,79%).
Em geral, na sessão desta quinta, a queda dos juros futuros impulsionou empresas do setor de educação, como Yduqs ( 3,78%), e favoreceu papéis do setor de consumo, varejo e construção, como Lojas Renner ( 2,24%), Assai ( 4,58%), Cyrela ( 4,39%) e Magazine Luiza, destaca Alison Correia, analista da Dom Investimentos.