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Incerteza com os EUA derruba futuros

Os juros futuros fecharam a quarta-feira, 16 com viés de queda, estabelecido partir do meio da tarde, diante da aceleração de baixa dos rendimentos dos Treasuries conforme foi piorando o sentimento do investidor com relação à economia dos EUA.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 fechou em 14,740%, de 14,732% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2027 caiu de 14,25% para 14,235%. O DI para janeiro de 2028 tinha taxa de 14,020% (de 14,05%) e a do DI para janeiro de 2029, de 14,125%, ante 14,14%.

Em geral, a movimentação das taxas foi errática, sem firmar tendência, em sessão de giro bastante abaixo da média padrão. "A semana é de agenda fraca e os feriados retraem um pouco o volume", explica o economista-chefe do Banco Bmg, Flávio Serrano.

As novidades vindas da guerra comercial continuaram penalizando as bolsas e tumultuando o segmento de Treasuries, mas com pouca força para mobilizar o mercado local. A partir do meio da tarde, os retornos dos títulos do Tesouro norte-americano aceleraram o recuo para as mínimas, o que levou as taxas a se firmarem em queda moderada. A curva americana reagia a declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. Ele ressaltou que o ambiente das tarifas ainda é incerto, mas reconheceu o risco inflacionário e de desaceleração econômica dos EUA.

Mais cedo, as taxas até chegaram a subir, com correção limitada pela percepção de que o ambiente externo é desinflacionário para o Brasil, via commodities. O Itaú informou hoje que revisou de 5,7% para 5,5% sua projeção de IPCA para este ano.