Por Marcello Sigwalt
Último lugar no ranking de competitividade industrial, entre 18 países com atuação expressiva no mercado internacional. É o que aponta o estudo Ranking Competitividade Brasil (2023-2024), elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que compara o Brasil com a economias que competem no exterior, ofertando produtos industriais semelhantes. São eles: Coreia do Sul, Países Baixos, Canadá, Reino Unido, China, Alemanha, Itália, Espanha, Rússia, Estados Unidos, Turquia, Chile, Índia, Argentina, Peru, Colômbia, México. A liderança da pesquisa pertence aos Países Baixos.
Como explicação para a performance 'vexatória' tupiniquim em quase todos os segmentos de competitividade industrial, concorreram três fatores fundamentais, a exemplo do ambiente econômico; desenvolvimento humano e trabalho; e educação. Atestado de que o dinamismo industrial pátrio está bem aquém de seus pares no exterior é o fato de que o Brasil, em nenhum dos macroindicadores, aparece na primeira metade do ranking. A única exceção verde-amarela se refere à performance em baixo carbono e recursos naturais (12ª posição), que enfatiza o uso de energias renováveis.
No entendimento do presidente da CNI, Ricardo Alban, entre os motivos para o revés do setor no plano mundial está associado, tanto à 'alta complexidade na tributação', como também aos 'diversos gargalos na área da macroeconomia' e de 'investimentos'. Na sua avaliação, reduzir o Custo Brasil e aumentar os investimentos nas áreas de transporte, energia e inovação são pré-requisitos vitais para que a competitividade nacional avance.
"O caminho é desafiador e inclui a necessidade de recuperação de problemas trazidos pela pandemia e pela guerra, a redução do Custo Brasil, como também o aumento da produtividade e da inovação em todas as camadas da economia", completa Alban.