O porquê dos aplausos a Bolsonaro na ACRJ
Confira o editorial do Correio da Manhã da edição 24.033, de 9 de junho de 2022
O porquê dos aplausos a Bolsonaro na ACRJ
Por Claúdio Magnavita*
A bicentenária casa de Visconde de Mauá, a Associação Comercial do Rio de Janeiro - ACRJ, foi palco nesta quarta, 8 de junho, de um dos mais importantes discursos do presidente Jair Bolsonaro dos últimos anos. Os quatrocentos empresários presentes assistiram a um chamamento ao Brasil que dá certo. O presidente pontuou os avanços do Brasil e traçou um paralelo com a economia dos países vizinhos. A grande notícia foi a queda da taxa de desemprego que deverá baixar para um dígito nos próximos meses.
Na sede da ACRJ, que reafirma a sua posição de locomotiva histórica da classe empresarial, estavam os presidentes da Fecomércio, Firjan, SindHotéis e de dezenas de outras entidades. O PIB do Rio estava presente. Fundamental registrar a sintonia de um Presidente da República com uma fala consistente, segura e com riquezas de detalhes, com uma plateia exigente, sem puxa-saquismo, e que reagia de forma pontual, com aplausos às afirmações que traduzem os anseios com relação ao futuro. A mídia de oposição terá de rebolar para extrair resultados negativos de um encontro histórico. Os empresários presentes assistiram o verdadeiro Bolsonaro, não aquele personagem caricato que tenta construir e nem o político reativo às provocações rasteiras de missa encomendada.
Nestes quase quatro anos de Governo, o presidente absorveu um volume de informações capaz de fazê-lo defender, em um púlpito da bicentenária ACRJ, conceitos de ações governamentais que passam pelo Pré-Sal Azul a Captura de Carbono, e rasgar, várias vezes, elogios à política internacional comandada pelo Chanceler Carlos França. Não poderia ser diferente quando o presidente embarca no mesmo dia da palestra para a Cúpula das Américas, com uma agenda de reuniões bilaterais lotadas e uma pauta de temas nos quais o Brasil é líder. O país não chegará de joelhos, e sim com a força do seu protagonismo regional. Ter um Itamaraty prestigiado e atuando sem nuances ideológicas agradou os empresários.
Por que Bolsonaro foi calorosamente aplaudido ao final? Por que os aplausos durante as intervenções que relembram os escândalos de corrupção que nortearam o Brasil nos últimos governos, especialmente no PT? Diferente de outros estados, a sede da Petrobras é aqui. Os personagens deste assalto vivem no Rio e foi a nossa economia a que mais sentiu os efeitos do maior escândalo de corrupção do mundo. O Rio é também o berço da vida política de Bolsonaro. A ACRJ viveu um presidente pleno e preparado.
*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã