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Petrobras baixa diesel de novo, que deve custar R$ 4,67

Por Marcello Sigwalt

A partir de hoje (12), o preço de venda do diesel A da Petrobrás passa a valer R$ 5,19 por litro, e não mais R$ 5,41 por litro, o que representa uma redução de R$ 0,22 por litro.

De acordo com a estatal, levando em conta a mistura obrigatória de 90% de diesel e 10% de biodiesel, que compõe o diesel vendido nos postos, a previsão é de que o preço do combustível ao consumidor caia de R$ 4,87 para R$ 4,67 por litro comercializado na bomba.

Em comunicado oficial, a petroleira explica que "essa redução acompanha a evolução dos preços de referência, que se estabilizaram em patamar inferior para o diesel, e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio".

Embora a redução do diesel às distribuidoras tenha chegado a 4,07%, o valor atual (R$ 5,19 por litro) ainda é 55,39% superior ao registrado no final do ano passado.

Trata-se da segunda queda seguida do preço do combustível este mês, que interrompe um movimento de alta que se mantinha desde julho de 2021. Na semana passada, o litro do diesel já havia caído outros 3,57%.

O recuo em sequência do combustível, porém, não retira seu peso sobre o Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA), uma vez que o derivado do petróleo contabiliza aumento de preço de 61,98% ao consumidor no período de 12 meses.

Na avaliação da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), divulgada no início dessa semana, o valor do diesel nacional é 14% maior do que o registrado no mercado internacional, mesmo considerando a queda recente, de 3,5%, a reboque da desvalorização externa do petróleo e do dólar.

Recordes de produção

Ao mesmo em que anunciou a retração do preço do diesel, pelo menos duas de suas refinarias - a de Paulínia (Replan) em (SP), e a Alberto Pasqualini (Refap), no RS - obtiveram recordes de produção do combustível tipo S-10 (com menor teor de enxofre) em julho passado, produzindo 3,196 milhão e 1,404 milhão de barris do produto, respectivamente.

Dessa forma, a Replan, prossegue a estatal, vendeu 1,967 milhão de barris do combustível e a Refap, 1,302 milhão de barris. Sobre o feito, a estatal, igualmente em nota, afirma que "a

estratégia para o parque de refino da Petrobras busca sempre a sua utilização mais eficiente, observando a demanda dos mercados para cada produto, e as alternativas de suprimento do petróleo e derivados". Procon notifica distribuidoras

Procon-SP notifica

A redução da carga tributária incidente nos combustíveis levou o Procon-SP a encaminhar notificação às distribuidoras Ipiranga, Raízen e Vibra, em que pede esclarecimentos sobre o impacto econômico da redução dos impostos CIDE, PIS/Cofins e ICMS teve no preço de venda aos revendedores (postos de combustíveis), sobre os preço dos produtos ao consumidor.

De acordo com o órgão, as distribuidoras terão de informar os preços finais do etanol comum e da gasolina comum utilizados diariamente, relativos ao período de 20 de junho a 25 de julho deste ano.

Outra solicitação do Procon-SP é no sentido de que as empresas deverão, ainda, encaminhar as respectivas notas fiscais, relativas a 26 de julho último.

Para aferir o comportamento dos preços das distribuidoras, o órgão também pediu a demonstração de quanto foi reduzido o preço final do etanol comum e da gasolina comum, em razão do corte de impostos aplicado, durante o mesmo período solicitado.

Além disso, o Procon-SP pediu às empresas que prestem as informações de forma detalhada, por meio de planilha, na qual devem ser indicados, dia a dia, os preços de venda e os respectivos valores em reais decorrentes da redução aplicada.

Tais questionamentos se baseariam em pesquisa sobre a redução dos impostos nos preços dos combustíveis, assim como visam aferir seu reflexo no preço final ao consumidor, por parte do Sindicato Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo e Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Campinas, que apontam não ter havido repasse integral da redução dos impostos pelas distribuidoras aos postos de combustíveis.

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