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'Pipocada' histórica

Botafogo levou torcedores do céu ao inferno em 2023 | Foto: Vítor Silva/ Botafogo

Em um Carioca vexatório, o Botafogo manteve o técnico Luís Castro, que usou a Taça Rio como laboratório para 'encaixar o time' e chegar ao Brasileiro 'na ponta dos cascos'.

Porém, o craque Cristiano Ronaldo pediu a contratação de Castro para o Al Nassr, da Arábia Saudita, na 12ª rodada, e deixou o time numa campanha espetacular. Cláudio Caçapa, auxiliar do Lyon, assumiu o comando interinamente e manteve o bom desempenho com quatro jogos de invencibilidade, até a chegada do português Bruno Lage, que tentou mudar o estilo de jogo. Ainda assim, o Glorioso fez o melhor primeiro turno da história do Brasileirão e chegou a abrir 13 pontos de distância para o vice-colocado. Liderado por um inspirado Tiquinho Soares, nem mesmo a eliminação na Copa do Brasil abalou o ambiente. Mas a eliminação do time reserva na Sul-Americana deu início a uma improvável crise.

Questionado, Lage deu uma coletiva entregando o cargo à diretoria, após derrota para o Flamengo. Isso minou o psicológico do time, que passou a perder seus jogos. Mas a gota d'água foi o empate por 1x1 com o Goiás, em que Lage deixou Tiquinho na reserva.

Demitido, o português foi substituído pelo técnico interino Lúcio Flávio. Apesar do início promissor, com duas vitórias, Lúcio engatou uma sequência de 11 jogos sem vencer, sendo duas derrotas consecutivas por 4x3, de virada, para Palmeiras e Grêmio.

Com psicológico em frangalhos, o Botafogo trouxe Tiago Nunes para as últimas cinco rodadas, mas já era tarde demais. Depois de 31 rodadas na liderança, o Glorioso não apenas perdeu o título para o Palmeiras, como ficou em quinto e só classificou para a 'pré-Libertadores'. Um ano traumático que terminou com uma das maiores 'pipocadas' da história do futebol mundial.

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