O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) anunciou nesta terça-feira (9) a assinatura de dois contratos com o Exército para estruturar projetos de valorização e exploração econômica em espaços militares.
Um dos acordos abrange a possível concessão do Museu Histórico do Exército e Forte de Copacabana. O outro diz respeito ao zoológico do Cigs (Centro de Instrução de Guerra na Selva), em Manaus.
A partir da assinatura dos contratos, com duração de 36 meses (três anos), o BNDES disse que fará um diagnóstico dos ativos imobiliários do Exército, dos serviços e das necessidades de infraestrutura.
O trabalho é necessário para a definição do modelo de concessão que pode ser adotado nos dois locais e a realização de licitação pública.
"Esses projetos contarão com o apoio do BNDES para melhorar e requalificar espaços públicos do Exército Brasileiro", disse o diretor de Planejamento e Relacionamento Institucional do banco, Nelson Barbosa, em nota distribuída pela instituição.
Ele também falou em uma oportunidade de tornar o forte de Copacabana e o zoológico do Cigs "ainda mais atrativos" para turistas e moradores.
Os projetos de concessão via parceria público-privada estão qualificados no PPI (Programa de Parcerias de Investimentos) do governo federal.
Barbosa participou da assinatura dos acordos ao lado do chefe do Estado-Maior do Exército, general Richard Fernandez Nunes. A cerimônia ocorreu em Brasília.
O Exército declarou que os projetos buscam aumentar a eficiência dos serviços prestados à população, com fomento à cultura, ao turismo e à consciência ambiental. Além disso, segundo a instituição, a parceria tem como propósito "otimizar as condições de conservação dos ativos".
A área do Museu Histórico do Exército e Forte de Copacabana está entre os pontos turísticos mais conhecidos do Rio de Janeiro, recebendo cerca de 35 mil pessoas por mês, de acordo com o BNDES.
A partir do forte, é possível observar a praia do bairro e os prédios próximos à orla, além da silhueta do morro do Pão de Açúcar. O museu tem um acervo de 15 mil peças.
"O Museu Histórico do Exército/Forte Copacabana é uma joia que nós temos a oferecer à sociedade, mas é um forte. Então, vamos conciliar essa dualidade", disse o general Nunes, segundo nota publicada pelo Exército.
*Por Leonardo Vieceli (Folhapress)