Atividades físicas não são apenas benéficas para o corpo, mas também essenciais para a saúde cerebral, prevenindo condições como Parkinson, Acidente Vascular Cerebral (AVC), Alzheimer e até mesmo depressão. Estudos mostram que essas atividades estimulam a comunicação entre neurônios, desaceleram a perda neuronal e reduzem a morte celular, protegendo o cérebro de doenças neurodegenerativas.
O Parkinson, por exemplo, resulta da queda de dopamina no cérebro, afetando funções essenciais como movimento e emoção. A geriatra Márcia Umbelino destaca que exercícios específicos podem aliviar sintomas como tremores e espasmos, além de ajudar na produção de dopamina. Para isso, atividades como aeróbica, treino de força, equilíbrio e alongamentos dinâmicos são recomendadas.
No caso do Alzheimer, que afeta a memória e o pensamento, exercícios como musculação e hidroginástica são eficazes. Estudos indicam que essas atividades não apenas retardam o progresso da doença, mas também reduzem os níveis de cortisol, um hormônio associado ao estresse que pode intensificar o Alzheimer.
O neurocirurgião Orlando Maia alerta sobre a prevalência do AVC, que pode causar paralisia e é uma das principais causas de morte no mundo. Ele recomenda atividades como pilates e musculação para reabilitação pós-AVC, pois ajudam na recuperação da força muscular e da coordenação motora.
Além dos benefícios diretos na prevenção dessas doenças, a prática regular de exercícios físicos também melhora o humor, reduzindo os níveis de cortisol e aumentando os de serotonina e dopamina. Esses hormônios são essenciais para regular funções como sono, humor e apetite, mostrando como um estilo de vida ativo pode impactar positivamente tanto a saúde física quanto mental.
Portanto, além de hábitos como alimentação saudável e controle do colesterol e açúcar no sangue, incluir atividades físicas na rotina diária é crucial para manter não só o corpo em forma, mas também o cérebro saudável e protegido contra doenças neurodegenerativas.
Atividades que melhoram
a saúde do cérebro
Musculação: Um estudo realizado por cientistas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Universidade de São Paulo (USP) aponta que exercícios resistidos, como a musculação, previne e diminui os avanços do Alzheimer, isso porque o nível de cortisol, hormônio relacionado ao estresse e fator de risco para desenvolvimento da doença diminui muito. A principal causa é o fator desinflamatório causado pelos exercícios. "O cortisol quando está em alta no organismo, se torna neurotóxico", acrescenta Márcia Umbelino.
Correr ou caminhar: Exercícios que aumentam o fluxo sanguíneo para o cérebro ajudam no processo da formação de novas células cerebrais.
Pilates: trabalha equilíbrio, tônus muscular, coordenação motora, postura e concentração. Desta forma trabalha várias regiões ao mesmo tempo, além de ser uma ótima opção de tratamento para pessoas que sofreram AVC.
Atividades que ativam
áreas do cérebro
Jogos interativos e leitura também ajudam na saúde do cérebro e mantê-lo sempre ativo. "Nos jogos, o jogador tem que desenvolver uma estratégia, isso estimula o processo de formação de novos neurônios em diversas áreas cerebrais", acrescenta o neurocirurgião Orlando Maia.
Algun sjogos: sudoku, quebra-cabeça, caça-palavras, xadrez, dama, jogo da memória e jogos de cartas são algumas opções de jogos que estimulam o cérebro.
Leitura: Ler livros, gibis, jornais e revistas, por exemplo, impacta nas áreas cognitivas. A pessoa com o hábito de leitura, costuma desenvolver a habilidade de concentração e foco. Ler também estimula a criatividade e aumenta a capacidade de compreensão e interpretação das informações.
Atividades manuais: Tricô, costuras em geral, pinturas e desenhos, origami, esculturas de argila, macramê, entre outras diversas opções, são muito interessantes para estimular a concentração, o cérebro e a coordenação motora.
Aprender algo novo: Isso é muito interessante, pois é desafiante para o cérebro e estimula as atividades cerebrais, contribuindo para a manutenção e melhoria das habilidades cognitivas. São opções: aprender novas línguas, tocar um instrumento, cantar, andar de bicicleta, nadar, entre outras opções que você sempre teve vontade de aprender, mas nunca tentou.
"O aprendizado contínuo promove a capacidade do cérebro formar novas conexões neurais", acrescenta Orlando.