Correio da Manhã, o jornal da capital federal desde 1901

Redação em Brasília cobre de perto os bastidores da política e do GDF

Por Por Rudolfo Lago*

Capa de Nacional


Na sede do Correio da Manhã, em Brasília, no Setor de Indústrias Bernardo Sayão, Núcleo Bandeirante, a grande placa na entrada chama a atenção pelo que teria de inusitado na sua mensagem: "Correio da Manhã, o jornal da capital desde 1901".

Como pode o Correio da Manhã ser o "jornal da capital desde 1901" se a capital foi fundada em 1964?

Há em tudo isso uma série de importantes significados. O Correio da Manhã foi fundado em 1901 por Edmundo Bittencourt para ser o jornal que da então capital brasileira emanaria informações para todo o Brasil. Tornou-se, assim, o principal jornal brasileiro. Até ser sufocado pelos braços de ferro da ditadura militar na corajosa luta de Niomar Moniz Sodré Bittencourt contra o regime dos fardados.

O Correio da Manhã deixa, então, de circular em 1974 para retomar a sua história em 2019, primeiro somente no Rio de Janeiro. Em outubro de 2022, inicia-se a produção do Correio da Manhã Edição Nacional, com a inauguração da gráfica em Brasília e a circulação do jornal na capital. Em abril de 2023, o jornal passou a ter redação própria em Brasília, produzindo suas próprias reportagens, colunas e outros conteúdos a partir da capital do país.

Inicia-se, então, a saga que retoma a história do Correio da Manhã como "jornal da capital". Apropriadamente, desde 1901, hoje na capital fundada em 1964.

Mas a saga não para aí. E daí a importância dos endereços mencionados no primeiro parágrafo. A sede do jornal, onde também está a gráfica na qual ele é impresso, fica no Núcleo Bandeirante. O berço da construção de Brasília. O lugar onde viviam os candangos que ergueram as obras de arte de concreto projetadas por Oscar Niemeyer, dando forma ao sonho de Juscelino Kubitschek.

Mais exatamente no Setor de Indústrias Bernardo Sayão, cujo nome homenageia o engenheiro que presidiu a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap). Nada mais significativo do que esse endereço para sediar a outra fase do projeto do Correio da Manhã na capital brasileira: o Correio da Manhã edição DF.

Visualmente, o Correio da Manhã edição nacional e o Correio da Manhã edição DF diferenciam-se do Correio da Manhã do Rio de Janeiro pelas cores da linha no alto da sua capa. No jornal do Rio, a linha é vermelha. No Nacional, é verde. No DF, é azul. E alguns conteúdos, então, diferenciam-se a cada edição.

O Correio da Manhã edição nacional destaca-se por ser hoje o jornal nacional com maior volume de conteúdo regional do país. Enquanto os demais jornais têm uma ou, no máximo, duas páginas na sua seção nacional, a edição nacional tem diariamente um caderno de oito páginas para o noticiário do país. Uma página para cada região, e duas para o Nordeste, que tem a maior quantidade de estados.

Esse caderno segue na edição DF, que ganha, porém, mais conteúdo local da capital brasileira. Ganha também a coluna Brasilianas, escrita pelo jornalista William França. E o trabalho de reportagem de Mayariane Castro.

O comando da produção das duas edições é de Rudolfo Lago, editor-chefe em Brasília, que também assina a coluna Correio Político. Na produção dos conteúdos de política do jornal, trabalham Gabriela Gallo e Ana Paula Marques. A edição do caderno de Nacional é responsabilidade de Mia Andrade e Adryel Oliveira, com os suportes de Murilo Adjuto e Yan Souza.

*Jornalista. Editor do Correio da Manhã em Brasília