Rock in Rio espera movimentar R$ 2,9 bilhões na economia

Festival divulga novidades em prol do meio ambiente e sistema de transporte

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Roberta Medina, vice-presidente do Rock in Rio, explica as ações para que o festival chegue a ser 100% sustentável

Estamos a uma semana do Rock in Rio, considerado o maior festival de música do país, e a Cidade do Rock, localizada no Parque Olímpico da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, já está ganhando forma e se preparando para receber grandes astros da música nacional e internacional, além de um público estimado em 700 mil pessoas nos sete dias do evento. Para este ano, a previsão do Rock in Rio, que tem investimento de cerca de R$ 7,5 milhões para montar o projeto, é de gerar um impacto de R$ 2,9 bilhões na economia do Rio, segundo dados da FGV.

Em 2024, o Rock in Rio celebra 40 anos não do primeiro festival, que foi em 1985, também no Rio de Janeiro, mas do nascimento do projeto. Criado nos idos de 1984, ele não apenas divulgou grandes artistas brasileiros e aproximou o público das principais vozes internacionais da época, como também foi para mostrar o pensamento de "liberdade para a juventude", já que nesse período o país estava na transição de um regime militar para a retomada do processo civil político-eleitoral, como bem ressaltou Roberta Medina, vice-presidente do Rock in Rio, em coletiva de imprensa na Cidade do Rock, realizada na última sexta-feira, 30 de agosto.

Roberta também frisou que "a primeira função de um evento desta dimensão é o equilíbrio humano e essa é uma das funções da música e do entretenimento". Tanto que a Cidade do Rock, na visão dela, é um grande laboratório social, pois, por dia, cirulam cerca de 128 mil pessoas (juntando público, equipe do Rock in Rio e das empresas patrocinadoras), mostrando respeito mútuo entre elas, independdente da posição política, religião, opção sexual, etc.

Novidade ambiental

O festival terá uma novidade na questão ambiental, algo que vem fazendo há várias edições, principalmente com a ação de replantio de árvores nas áreas de matas nativas do país: pela primeira vez, a edição do Rio de Janeiro terá copos retornáveis. Heineken, Coca-Cola, Schweppes, Red Bull e Brasken terá copos que podem ser guardados de recordação como também serem utilizados em todos os dias do festival. A pesssoa que for pedir uma nova bebida de uma dessas marcas terá desconto na segunda compra, com o utensílio. Outra grande novidade é a permissão de levar garrafas de plástico, transparentes, com tampa, de até 500 ml, para poder utilizar no festival, com a possibilidade de enchê-la em um dos mais 100 bebedouros que estarão espalhados em toda a Cidade do Rock.

Com essas novidades, o Rock in Rio espera ultrapassar o percentual de 81% de reciclagem de resíduos sólidos, marca estabelecida em 2022 e se aproximar de 90%. O objetivo da equipe do festival, por exemplo, até a edição de 2030, é chegar ao patamar de ser um evento totalmente renovável e rentável ambientalmente.

Transporte

Para facilitar a ida e o retorno do público durante os dias de festival, o MetrôRio funcionará com esquema especial. A estação Jardim Oceânico/Barra da Tijuca, terminal de integração com o Serviço Especial BRT Rock in Rio, ficará aberta 24 horas para embarque. As demais estações do sistema funcionarão em seu horário normal para embarque e, durante a madrugada, seguirão abertas, mas somente para desembarque. O MetrôRio recomenda a compra antecipada dos bilhetes da concessionária, que custa R$ 7,50 por trecho.

Neste ano, o Rock in Rio facilitará ainda mais a vida dos fãs com o lançamento do Serviço BRT "Expresso Rock in Rio", que amplia as opções de transporte para quem quer aproveitar o festival ao máximo. Utilizando a faixa exclusiva do BRT, o serviço oferecerá viagens diretas e expressas para o Terminal Centro Olímpico. As partidas serão dos terminais Jardim Oceânico e Alvorada, sem paradas ao longo do trajeto, e do terminal Paulo da Portela, com paradas nas estações Praça Seca, Tanque e Taquara, garantindo uma chegada rápida e tranquila ao festival, tanto na ida quanto na volta.

Para utilizar o serviço BRT "Expresso Rock in Rio", os fãs terão à disposição duas formas de aquisição de bilhetes: por meio do Rio Card, que segue o sistema tradicional de aquisição de cartões em máquinas de autoatendimento, ou pelo "Jáé", o novo sistema de bilhetagem da Prefeitura que permite a compra de passagens diretamente pelo site e aplicativo, facilitando ainda mais o acesso ao transporte. No site oficial do festival, os fãs também vão encontrar os links para realizar as compras das passagens. A tarifa para o serviço do BRT "Expresso Rock in Rio" custa R$ 23 (ida e volta) e estará em operação das 11h até as 5h do dia seguinte, atendendo à demanda do público em todos os horários do evento.

Já bastante conhecido pelo público do Rock in Rio, o Primeira Classe é a opção mais confortável e prática, além de ser a única que deixa os clientes em uma entrada exclusiva dentro da Cidade do Rock, perto do palco New Dance Order. Com 16 pontos de embarque em toda a cidade do Rio de Janeiro e outros 22 espalhados por 20 municípios entre Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, os passageiros serão transportados em ônibus executivos — equipados com cadeiras de transbordo, garantindo acessibilidade — que realizam o percurso sem paradas, garantindo uma viagem tranquila. Os interessados em garantir seus lugares já podem acessar o site e adquirir sua passagem, com valores que variam de R$ 160 a R$ 600, dependendo do ponto de embarque. A venda inclui passagens de ida e volta e os pagamentos podem ser realizados exclusivamente por PIX ou cartões de crédito. O Primeira Classe opera a partir de um dos maiores terminais rodoviários já montados para um festival de música e entretenimento, garantindo uma experiência completa para todos os participantes.