A sofisticação de uma viagem em um Yacht de super luxo dentro de um transatlântico
Espaço reservado nos grandes navios da MSC, como o Seaview, atrai passageiros de turismo de luxo que querem privacidade e serviços de alta qualidade, equivalentes aos hotéis cinco estrelas
Por Claudio Magnavita *
Poucas vezes um passageiro na econômica de voo internacional sabe que viajou no mesmo voo com um artista ou pessoas notáveis. Quem está na classe turística de um avião em voo de longo curso nunca sabe quem está nas classes executiva ou na primeira classe. O sigilo faz parte desta alquimia. O embarque da executiva ou primeira classe sempre é separado. Os passageiros privilegiados são os últimos a entrar e os primeiros a sair. Eles são cercados de mimos, serviço diferenciado e assistência da tripulação.
Poucas pessoas sabem que no mundo mágico dos cruzeiros marítimos estes espaços para poucos privilegiados existem. No Brasil, dois navios da MSC, o Seaview e o Grandiosa, possuem a classe Yacht Club, uma experiência singular, de alto luxo que caiu no gosto dos brasileiros e de um público mais qualificado.
No Mediterrâneo, existem vários yachts de luxos com experiências memoráveis. São navios pequenos, com cabines luxuosas, tripulação treinada e atendimento personalizado. A gastronomia sempre é requintada e com chefs renomados e produtos de alta qualidade. O que a MSC fez? Transplantou um verdadeiro barco de luxo para o topo de alguns navios modernos. É um navio dentro de um navio. No Seaview são 86 suítes de luxo, entre elas, duas suítes Royal. As menores com 30 m2 e a maior com 62 m2. Área de piscina privativa, restaurante a lá carte e um lounge com bar e música ao vivo. Na área externa da piscina, existe restaurante com buffet de grelhados.
Este luxo custa o equivalente à diária de um Copacabana Palace ou do Fairmont, só que com tudo incluso. Todas as refeições e bebidas do cardápio, alta gastronomia e um mordomo para atender às suas necessidades. O check in é personalizado nos portos e os embarques e desembarques são prioritários.
O conceito de exclusividade realmente funciona. Não há disputa de lugares na piscina como ocorre nas áreas normais e o clima de tranquilidade só é quebrado pela falta de educação de alguns passageiros que insistem em falar alto, como se fosse os únicos do mundo; e nas férias escolares, por crianças levadas a bordo por pais que não educam os seus filhos com regras mínimas de convivência social.
Para quem quer férias com sofisticação o conceito de Yacht Club funciona. As tarifas não são exorbitantes comparadas com hotéis e resorts de luxo, só que tem uma diferença: a mudança de cenário e poder contar com toda a estrutura do Seaview, por exemplo, incluindo lojas, cassino, restaurantes privados e as festas. A pulseira azul com chip usada pelos passageiros garante um empoderamento que inclui elevadores privativos, livre acesso ao teatro (o passageiro escolhe livremente uma das três sessões dos espetáculos). São apenas 200 privilegiados, em um universo de 5 mil pessoas. Uma forma de viajar incomparável e com uma tripulação especializada e treinada. Só os melhores são escalados para atender os passageiros do Yacht Club dos navios da MSC.
*Diretor de Redação do Correio da Manhã