O Cordão da Bola Preta está pronto para tomar as ruas do Centro do Rio de Janeiro com sua tradição centenária e sua alegria infernal! Em seu 106º desfile, o bloco mais antigo e querido do carnaval carioca homenageia a Cidade Maravilhosa, que celebra seu aniversário de 460 anos no mesmo dia da folia: 1º de março.
Com o tema "Rio, eu te amo" o Bola Preta leva para as ruas do Centro do Rio o grande amor que tem pela cidade. E como quem ama, cuida, o bloco repete a ação de compensação de carbono que fez no último desfile.
Juntamente com a Liga Amigos do Zé Pereira, organização da qual o Bola Preta é Padrinho, será feita uma medição das horas de emissão de gases poluentes dos geradores dos trios elétricos, para compensação de carbono através de uma parceria da Liga do Zé Pereira com o bloco Vagalume O Verde e o Parque Nacional da Tijuca/ICM Bio. Visando também o meio ambiente, chegou como parceira a cleantech Zello Ambiente, que ao final vai entregar ao bloco um certificado de Carbono Zero, referente ao desfile 2025.
Para abrir o carnaval em grande estilo, o Bola Preta leva às ruas sua Corte Real, que sempre dá um verdadeiro show de brilho e carisma. Nomes de peso como Neguinho da Beija-Flor (Padrinho), Maria Rita (Madrinha), Leandra Leal (Porta-Estandarte), Paolla Oliveira (Rainha), Emanuelle Araújo (Musa da Banda), Selminha Sorriso (Musa das Musas) e Mirian Duarte (Musa do Centenário), Tia Surica (Embaixadora) e João Roberto Kelly (Embaixador), se repetem. Este ano também conta com a estreia de novas Musas 2025: Juliana Knust, Luara Bombom e Milli Morena, que se juntam às Musas Thai Rodrigues, Taissa Marins e Elaine BR. Também tem a estreia dos Musos 2025, Gabriel Mota e Amauri Junior, que estarão presentes trazendo ainda mais energia para o desfile. Em memória Elizeth Cardoso, uma grande foliã e frequentadora, eterna Madrinha do Cordão da Bola Preta.
Venha fantasiado, traga sua alegria e prepare-se para viver a magia do tradicional carnaval carioca ao som do hino "Quem não chora, não mama" e muitas outras marchinhas inesquecíveis. Não fique de fora dessa grande celebração! O Cordão da Bola Preta espera por você!
106 anos do Maioral
dos Maiorais
No último dia de 2024 o Cordão da Bola Preta completou 106 anos. O bloco que foi fundado em 31 de dezembro de 1918, é o mais antigo em atividade no Brasil e segue levando milhares de pessoas para as ruas do Centro do Rio todos os anos. Em 2024 o bloco atingiu a marca de 1 milhão de foliões e se prepara para receber um número ainda maior em 2025.
"O Cordão da Bola Preta é a instituição de carnaval mais antiga em atividade no Brasil e por isso precisamos honrar com essa história. Comemorar mais um aniversário do Cordão da Bola Preta é a certeza que a cultura vive e sobrevive diante de tantos desafios. A cultura jamais será vencida", conta Pedro Ernesto Marinho, presidente do Cordão da Bola Preta.
Sua biografia está intimamente ligada à história do carnaval brasileiro, em especial ao carnaval de rua. Durante esses anos resistiu a duas pandemias mundiais, duas guerras mundiais, mudanças de regime e períodos de censura, mas apesar da pandemia de Covid 19 ter impedido que se desfilasse nas ruas por dois anos, nada impediu que o bloco mantivesse viva a tradição do carnaval de rua.
Palco de lançamentos de centenas de marchas e sambas, hoje presentes no cancioneiro nacional, além de cantores e compositores como Pixinguinha, Mario Lago, Emilinha Borba, Jamelão, Ataulfo Alves, Braguinha, Jorge Goulart, Gilberto Alves, Alcione, Neguinho da Beija Flor e João Roberto Kelly, Embaixador do Bola e último compositor de carnaval da Era de Ouro ainda vivo, felizmente, além de muitos outros. Ainda hoje, possui uma banda com associados, músicos militares e freqüentadores do clube, visando ser fiel a tradição.
Arrastando multidões, o desfile do Cordão da Bola Preta acontece tradicionalmente sábado de carnaval, no Centro do Rio. Atualmente faz o trajeto que se inicia na Rua Primeiro de Março e segue pela Avenida Presidente Antonio Carlos, e ocupa o Centro da Cidade em suas ruas e praças. No ano 2000, o bloco tinha público médio de 10 mil pessoas. Já a partir de 2011, esse público estimado passa para 2 milhões de foliões. No carnaval de 2023, no retorno às ruas após a pandemia de Covid 19, o bloco levou 1 milhão de pessoas para as ruas do Centro. Esse sucesso pode ser atribuído por seu perfil democrático, recebendo cariocas e moradores de outras cidades Brasil afora e turistas do mundo inteiro, crianças, portadores de necessidades especiais, idosos e toda a sorte de fantasias. Sempre respeitando o seu lema: Tradição, paz, amor e folia!
Sargento Pimenta
Há ligação entre Elis Regina e Beatles? Sim! E o Bloco do Sargento Pimenta, maior bloco carnavalesco dedicado aos Beatles do mundo, fundado há 15 anos, vai se debruçar sobre essa relação no Carnaval 2025, com o tema "Elis Pimenta - Dos 8 aos 80". A cantora e compositora Mari Jasca faz participação especial. O desfile é dia 3 de março, segunda-feira, às 10h, no Aterro do Flamengo (palco montado próximo do Monumento aos Pracinhas).
Musicalmente a associação é clara. Elis gravou canções dos Beatles e ainda eternizou "Para Lennon e McCartney", homenagem em forma de canção composta pelo núcleo do Clube da Esquina - e que vai ser tocada no desfile. O coletivo também quer levantar a bandeira contra o etarismo: a eterna "Pimentinha" completaria 80 anos em 17 de março e se juntaria ao clube dos octogenários, onde, como bem se sabe, estão Paul McCartney e Ringo Starr.
Uma das marcas registradas dos desfiles do Bloco do Sargento Pimenta é atrair foliões de todas as idades. Da avó que conheceu os Beatles em sua adolescência ao neto que os conheceu jogando Beatles Rock Band. Escolher homenagear os 80 anos de uma artista como Elis Regina é uma decisão pensada com muito cuidado. Para além de destacar sua importância cultural e diálogo artístico com os Beatles, o coletivo quer reiterar que música boa não tem idade.
Fazendo coro a séries, filmes e diversos conteúdos que têm valorizado artistas e temáticas da terceira idade, o Bloco do Sargento Pimenta reafirma que o Carnaval não é uma festa destinada somente aos corpos jovens, mas um evento para que pessoas de diferentes gerações possam festejar, com boas doses de nostalgia e alegria, todos os dias de folia.
Comemorar os 80 anos (ou mais) de artistas - sejam eles vivos, como Paul McCartney e Ringo Starr, ou homenagem póstumas, como a de Elis - ajudam a construir a ideia de um Carnaval sem etarismo e um mundo do entretenimento que se preocupa com o lazer de todas as gerações. Porque para brincar o Carnaval não tem idade!
O repertório, que traz clássicos como "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band" (maracatu), "Hey Jude" (ciranda), "Can't Buy me Love" (coco), "She Loves You" (marchinha), "Twist and Shout" (ijexá), "Help!" (samba-afro), "A Hard Day's Night" (funk), "Here Comes the Sun" (arrasta-pé) e "I Want to Hold Your Hand" (samba), será permeado por outras surpresas imortalizadas na voz de Elis Regina. No decorrer do desfile, junta-se aos "Pimentas" a cantora e compositora Mari Jasca.
Orquestra Voadora
A Orquestra Voadora se inspirou em Ailton Krenak para colocar o bloco na rua em seu 16º desfile. Com o tema "Ideias para adiar o fim do mundo - O Carnaval como ferramenta criativa e de inovação para reimaginar um futuro possível", o coletivo provoca uma reflexão sobre como a folia pode ser, também, um ato de resistência e um chamado à ação para um futuro mais justo e sustentável, promovendo ações de inclusão, sustentabilidade e impacto social. O cortejo acontece na terça-feira de Carnaval, dia 4 de março, no tradicional itinerário do Aterro do Flamengo, partindo às 16h da altura do Outeiro da Glória em direção ao MAM. O Coral de Mulheres do Povo Guajajara abre o desfile, às 15h30.
O bloco abraça a sustentabilidade unindo-se a ativistas climáticos em prol de um futuro verde. Ações como gestão de resíduos, cálculo de emissões e compensação de carbono e reciclagem de fantasias, entre outras, estão sendo desenvolvidas para a realização de um desfile com o menor impacto ambiental possível. A inclusão também é destaque, com a celebração de seis anos da ala de pessoas com deficiência, um exemplo inspirador para o Carnaval carioca. A Orquestra Voadora mostra que a folia pode ser palco para mudanças reais, promovendo igualdade de gênero e um Carnaval mais consciente para todos.