Por: Redação

The Town apresenta Quebrada, o novo palco do festival

Projeção de como será o novo palco para o The Town, com atrações do rap e pagode | Foto: Divulgação

Em 2025, a Cidade da Música do The Town ganha ainda mais novidades para sua segunda edição. Nesta terça-feira (15), o festival apresentou um palco inédito, que vai emocionar todos que passarem por ele: o Quebrada. Carregado de personalidade e muita música, cultura e arte, este palco vai celebrar a autenticidade das periferias brasileiras, mostrando toda a potência dos talentos que vêm delas, sejam eles expoentes ou já consagrados.

Ao longo de cinco dias de The Town, o Quebrada contará com Belo como o embaixador do palco, além de MC Hariel, Black Pantera, Kayblack e Criolo entre os headliners, fazendo apresentações memoráveis e impactantes. Para aqueles que querem garantir um lugar no The Town e aproveitar ao máximo as performances do Quebrada, a organização do festival também anunciou a tão aguardada data da venda geral de ingressos.

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Possível projeção de como ficará o The Town no Autódromo de Interlagos, em SP | Foto: Divulgação

O público já pode começar a se preparar para adquirir o ingresso, que este ano acontece a partir do dia 27 de maio e, desta vez, logo no início da tarde, ao meio-dia, na plataforma da Ticketmaster Brasil. Antes disso, a pré-venda exclusiva para clientes Itaú e membros do The Town Club começa em 20 de maio, também ao meio-dia. Já aqueles que adquiriram o The Town Card — ingresso sem data pré-definida e que teve todo o montante disponível esgotado em apenas quatro horas — poderão, a partir de amanhã até 26 de maio, escolher o dia que desejarem ir ao festival (após o dia 26 de maio, a escolha do dia que o fã deseja ir fica sujeita à disponibilidade).

A novidade foi revelada durante uma ação no Instituto Baccarelli, em Heliópolis, em um cenário que dialoga diretamente com a essência do novo palco da Cidade da Música. A escolha do local — uma das maiores comunidades de São Paulo — reforça o compromisso do festival com a arte que nasce nas periferias e transforma realidades todos os dias. O Instituto Baccarelli é símbolo dessa potência criativa: uma referência nacional em transformação social por meio da música, que já impactou milhares de jovens e abriga a Orquestra Sinfônica Heliópolis, a primeira formada dentro de uma favela.

Luis Justo, CEO da Rock World, destacou que "o Quebrada é um palco que nasce da energia vibrante de São Paulo, uma cidade que pulsa música, cultura e arte, assim como The Town. Mais do que um espaço que recebe shows, ele é um território de reconhecimento e visibilidade, carregado de representatividade, para uma cena que sempre foi potência. É transformador ampliar a voz dos talentos que vêm das comunidades. Agora, com o Quebrada, o The Town se propõe a trazer este olhar para a periferia paulistana e brasileira, criando um ambiente onde essa arte floresça ainda mais e reverbere para o país inteiro".

Dinâmica do novo palco

O Quebrada será um palco vivo — uma grande tela em branco que começa a ganhar vida antes mesmo do início do The Town e segue sendo grafitada e pintada ao longo dos dias de festival por artistas da periferia, diante dos olhos do público, até se transformar em uma obra de arte vibrante, coletiva e cheia de potência. Também composta por casas, escadas, caixas d'água, antenas, postes de iluminação, churrasqueiras e outros elementos característicos, a cenografia do Quebrada traduz com fidelidade a estética das periferias urbanas brasileiras. O palco ainda conta com dois telões horizontais posicionados nas laterais e uma ampla boca de cena, garantindo que o público acompanhe todos os detalhes das apresentações.

Além de receber um espetáculo musical na abertura, entre as apresentações e no encerramento do palco, a programação do Quebrada contará com três shows por dia, reunindo artistas de diferentes estilos e trajetórias, que têm em comum a potência de suas histórias. No total, serão 15 apresentações distribuídas entre os cinco dias do festival — com uma curadoria que valoriza as origens e as narrativas de talentos gigantes.

"Os talentos das quebradas brasileiras são a prova de uma criatividade que floresce justamente nos lugares onde poucos costumam enxergar. São artistas que traduzem sua realidade em música, cultura e arte, que falam de amor, resistência, ancestralidade e futuro. O Quebrada chega justamente como um espaço onde esses artistas possam ser celebrados pelos seus talentos. Cada beat, cada letra, cada performance carrega o peso de histórias que precisam ser ouvidas e vistas em grande escala. Queremos que o público sinta o impacto dessa força e que leve com ele a certeza de que é nas periferias que nascem alguns dos nomes mais pulsantes da nossa cultura." pontua Zé Ricardo, vice-presidente artístico da Rock World.

Diariamente, o Quebrada recebe como a primeira atração a "Batalha da Aldeia - SUPERLIGA THE TOWN", a maior competição de rimas do país. Com 32 MCs de diversas regiões, o torneio acontece em formato eliminatório nos quatro primeiros dias, com os finalistas disputando o título na grande decisão do último dia de festival. Improviso, talento e atitude se encontram em um duelo que promete entrar para a história do hip hop brasileiro.

Atrações

No dia 6 de setembro, MC Hariel, paulistano da Vila Aurora e um dos maiores nomes do funk brasileiro será o headliner. Com versos motivadores e poderosos, Hariel rima sobre o amor e as batalhas do cotidiano com seu flow único e beats envolventes. Antes, Tasha & Tracie, irmãs gêmeas e vozes potentes da nova geração do rap nacional, se apresentam no espaço. Com letras afiadas sobre vivência periférica, elas conquistaram o público com sucessos como "Tang", "Salve", "Desce Licor", entre outros.

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Belo vai encerrar a programação do palco, em 14 de setembro | Foto: Divulgação

No dia seguinte, 7 de setembro, o Black Pantera é a principal atração do Quebrada. Formada em 2014 pelos irmãos Charles Gama (guitarra e vocal) e Chaene da Gama (baixo e vocal) e Rodrigo Pancho (bateria), a banda mineira une elementos do crossover, groove, funk, thrash metal e hardcore ao ativismo, e a competência do trabalho reconhecido cada vez mais nestes 10 anos, se mostrando uma das mais relevantes bandas do cenário underground nos últimos tempos. Logo antes, a Punho de Mahin, banda Afro Punk nascida em novembro de 2018, fará um show arrepiante convidando MC Taya.

Abrindo as apresentações do segundo fim de semana, Kayblack vai encerrar os shows do Quebrada no dia 12 de setembro. Sua trajetória musical começou no funk, mas foi no trap que se consagrou e tornou-se conhecido. Com estilo diferenciado e versátil, o artista desenvolve um "flow" único e marcante a cada canção e vem conquistando o público e muitos ouvintes de funk, rap, trap e música urbana. Seus números impressionam: no Spotify, possui mais de 12 milhões de ouvintes e seus hits ultrapassam 2 bilhões de streams. Antes, Duquesa, cantora nascida e criada em Feira de Santana, se apresenta no Quebrada.

No sábado, dia 13, Criolo, embaixador do The Town desde a primeira edição, será o headliner do espaço. Indicado sete vezes ao Grammy Latino e vencedor na categoria Melhor Interpretação Urbana em Língua Portuguesa, ao lado do Planet Hemp, Criolo se destacou no cenário sendo o criador da Rinha dos MC's em 1989, dedicada a batalhas de improvisação. Na segunda performance do dia, Péricles convida Dexter para um show que vai agitar o Quebrada.

Já no dia 14, encerrando as apresentações do palco na segunda edição do The Town, Belo, embaixador do espaço, fará um show repleto de hits. Antes, a primeira orquestra sinfônica surgida em uma favela no mundo, a Orquestra Sinfônica Heliópolis (OSH) sobe ao palco. Este é o grupo instrumental mais avançado do Baccarelli, e conta com regência titular de um dos mais importantes maestros da história do país, Isaac Karabtchevsky, também diretor artístico da instituição.

Também em todos os dias de festival, a abertura, os intervalos dos shows e o encerramento do palco ficam por conta do Mete Dança Quebrada!, um espetáculo inédito criado especialmente para o The Town, que leva ao palco a força da cultura periférica por meio da música, cultura e arte. Com coreografia de Mariana Barros, a performance mistura slam, passinho, voguing, grafite, acrobacias e movimentos cênicos para contar a história de Rosa — uma mulher forte que trabalha numa fábrica, mas sonha em viver da arte. Ao longo de 40 minutos e pequenos recortes entre os shows, 30 bailarinos transformam o asfalto em cena, com coreografias explosivas, parkour, pipa, skate e bike, exaltando a beleza, os contrastes e os sonhos da quebrada. Um espetáculo emocionante que vai impactar o público e reafirmar o poder transformador da arte.