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Megaoperação transporta urânio do Porto do Rio

Urânio importado da Rússia chega ao Porto do Rio e depois segue para o interior do Estado do RJ | Foto: Divulgação/INB

A Indústrias Nucleares do Brasil (INB) concluiu uma das mais importantes operações logísticas do setor nuclear brasileiro em 2025: o recebimento e transporte de aproximadamente 14 toneladas de urânio enriquecido importado da Rússia. A operação foi concluída nesta quarta-feira (17) e teve um aparato de segurança que envolveu desde o GSI até todas as forças de segurança, incluindo PF, PM, entre outros órgãos.

O material altamente perigoso chegou ao Porto do Rio de Janeiro acondicionado em nove cilindros distribuídos em três contêineres, e seguiu, no mesmo dia, sob escolta reforçada, para a Fábrica de Combustível Nuclear da INB, em Resende (RJ), onde será utilizado na produção de elementos combustíveis da 21ª recarga da usina nuclear Angra 2.

O transporte foi conduzido integralmente pela estatal, cumprindo rigorosamente os protocolos estabelecidos nos Planos aprovados pelos órgãos de fiscalização e controle — com foco na segurança da carga, da população e do meio ambiente.

Também integrava a carga um contêiner com três tambores metálicos contendo nove tubos de amostras do material, utilizados para controle de qualidade e rastreabilidade do urânio.

Esquema gigante de segurança

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Transporte de urânio pela Rodovia Presidente Dutra envolveu órgãos federais, estaduais e municipais | Foto: Divulgação/INB

A operação contou com a atuação conjunta e integrada de diversos órgãos estratégicos, como o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSIPR), por meio do Departamento de Coordenação de Assuntos Nucleares (DCANuc), além da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Cesportos-RJ e Guarda Portuária do RJ.

A recarga é um processo programado e essencial no funcionamento das usinas nucleares. Em Angra 2, esse reabastecimento ocorre a cada 14 meses, quando um terço dos elementos combustíveis do reator é substituído. Cada elemento permanece ativo por três ciclos, garantindo eficiência energética, segurança operacional e regularidade na geração de energia limpa.